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Wall Street em alta com a notícia de criação de 228 mil empregos em novembro

O crescimento do emprego dos Estados Unidos mostrou um ritmo forte em novembro e os salários recuperaram, indicando uma economia saudável segundo os analistas. A criação de vagas, excluído o setor agrícola, foi de 228 mil postos de trabalho no mês passado.
  • Reuters
8 Dezembro 2017, 16h00

A bolsa dos Estados Unidos está a subir depois de serem conhecidos os dados oficiais do emprego norte-americano de novembro.

A economia dos EUA cria 228 mil empregos e a taxa de desemprego permanece em 4,1%, como era  esperado.

Wall Street abriu em alta e está neste momento em terreno positivo (Dow Jones: + 0,19% para 24.258 pontos, Nasdaq: + 0,64% para 6.856,5 pontos, o S&P 500: + 0,30% para 2.644,99 pontos) depois de ter conhecido a referência mais importante do dia: o relatório de emprego de novembro. O consenso esperava ainda que a taxa de desemprego permanecesse em 4,1%, e esse foi o caso.

No entanto, 16 mil empregos foram destruídos em novembro em relação ao mês de outubro. O número de empregos que foram criados é de 228.000 em relação aos 244.000 do mês anterior.

O crescimento do emprego dos Estados Unidos mostrou um ritmo forte em novembro e os salários recuperaram, indicando uma economia saudável segundo os analistas. A criação de vagas, excluído setor agrícola, foi de 228 mil postos de trabalho no mês passado, com ampla contratação à medida que as distorções dos últimos furacões desapareceram, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira.
Os economistas consultados pela Reuters previam criação de 200 mil vagas no período.
Os dados de outubro foram ainda revistos em baixa para a criação de 244 mil empregos, ante os 261 mil relatados anteriormente. Os dados de outubro foram impulsionados pelo retorno ao mercado de trabalho de milhares de funcionários que foram temporariamente deslocados pelos furacões Harvey e Irma. O relatório de novembro foi a primeira leitura “limpa” desde as tempestades, que também impactaram nos dados de emprego de setembro.

O rendimento médio por hora cresceu 0,2% em novembro, após recuo de 0,1% no mês anterior. Isso elevou o aumento anual de salários para 2,5%, ante 2,3% em outubro. Os funcionários também trabalharam mais horas no mês passado. A semana média de trabalho subiu para 34,5 horas, face 34,4 horas em outubro.
A taxa de desemprego manteve-se na mínima de 17 anos de 4,1%.
Os dados enfatizaram a força da economia. Trump e seus colegas republicanos no Congresso estão a unir esforços para cortar a taxa de imposto das empresas para 20%, ante 35%.

“O mercado de trabalho está em ótima forma. Os cortes de impostos devem ser usados quando a economia precisa, e ela não precisa agora”, diz um economista-chefe da Naroff Economic Advisors, Joel Naroff à Reuters.

O relatório de emprego de novembro provavelmente terá pouco impacto nas expectativas de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, vá elevar os juros na próxima semana, mas estes dados vão ajudar a moldar o debate sobre a política monetária no próximo ano.

A sessão de hoje do mercados de ações dos EUA vem depois de se saber que o Congresso dos EUA aprovou um orçamento temporário para evitar o encerramento da Administração Donald Trump durante o fim de semana. A aprovação ocorreu depois do presidente dos EUA se ter reunido na quinta-feira com líderes do Congresso, democratas e republicanos, para negociar um acordo para financiar agências federais até esta sexta-feira.

Os investidores ainda estão muito preocupados com a aprovação da reforma tributária do Trump, que quer ser realizada antes das férias de Natal, algo que parece difícil dado o prazo apertado. Para além de estarem de olhos postos nas consequências da decisão controversa de Trump de mudar a capital de Israel de Telaviv para a cidade santa de Jerusalém.

Enquanto isso, na Europa parece que uma solução está emergir para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Os índices europeus estão a negociar nesta sexta-feira, com aumentos de 0,8% em média (mais proeminente no Ibex e o Dax, cerca de 1%) depois que Bruxelas e Londres chegaram a um acordo, que deve ser ratificado no Conselho Europeu na próxima semana (dias 14 e 15), sobre três aspectos fundamentais do Brexit: os direitos dos cidadãos, o projeto de lei Brexit e a fronteira entre a Irlanda e a Irlanda do Norte
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