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Wall Street em máximos mas sem rumo

Ou seja foi mais uma puxada “estética” que algo mais, até porque o volume continuou bem abaixo da média com 5.3 biliões de negócios.
16 Julho 2019, 08h21

Foi por uma unha negra e mesmo na recta final que Wall Street fugiu ontem do vermelho, pelo menos no S&P500 e no Dow Jones, que acabaram por averbar ganhos residuais de 0.02% e 0.1%, enquanto que o Nasdaq, que puxou pelos restantes teve mais uns pozinhos de pressão compradora mas que ainda assim o deixaram com uma valorização marginal de 0.17%. Os resultados apresentados pela Citigroup deixaram um amargo de boca aos investidores, uma vez que apesar dos lucros terem batido as previsões, as receitas derivadas de juros ficaram aquém das expectativas, o que causou um calafrio de pessimismo em relação ao sector, visto que poderá já ser visível nesta época de resultados os efeitos da baixa das yields do tesouro norte-americano, nas margens do sector financeiro, uma deterioração que se deverá agravar com o movimento de descida de juros por parte do FED.

No final do dia as financeiras cederam -0.53%, o segundo pior resultado da sessão, apenas melhor que as energéticas, que recuaram -0.93%, em linha com a queda de -1.1% no preço do WTI crude para os $59.58 por barril. Do outro lado da mesa estiveram os activos refúgio, embora que com variações muito modestas que não excederam os 0.37% de ganho nas utilities. De realçar que a recuperação final em Wall Street foi originada pelas grandes empresas, com particular ênfase das tecnológicas, enquanto que as small caps se quedaram por um recuo de -0.52% no Russell 2000, ou seja foi mais uma puxada “estética” que algo mais, até porque o volume continuou bem abaixo da média com 5.3 biliões de negócios.

Sem novidades ao nível dos dados, esses estão guardados para hoje com os números das vendas a retalho, o mercado cambial esteve calmo e sem grandes variações finais.

O gráfico de hoje é da UBER, o time-frame é de 4 horas

Os títulos da empresa de transporte estão a rondar as linhas inferiores de dois canais ascendentes (azul e laranja), pelo que é de estar atento a uma quebra de ambas, o que poderá levar a uma correcção no curto prazo dos títulos.

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