Wall Street encerra em baixa pressionada com aumento dos casos de Covid-19 na Europa

A bolsa de Nova Iorque encerrou esta segunda-feira com perdas, em linha com a tendência registada na sessão europeia. Ainda assim, as quedas foram menos pronunciados nos Estados Unidos, ainda que o sentimento do mercado esteja a ser pressionado pelo aumento das tensões comerciais com a China e com o receio de uma mais prolongada recuperação económica.

Esta segunda-feira, o S&P 500 perdeu 1,13%, para 3.282,03 pontos; o industrial Dow Jones caiu 1,84%, para 27.147.70 pontos; e o tecnológico Nasdaq cedeu 0,13%, para 10.778,80 pontos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que pretende anunciar um substituto de Ruth Bader Ginsburg, juíza do Supremo Tribunal norte-americano que morreu na semana passada passada.

Desta forma, a administração Trump deverá concentrar-se num substituto — que deverá ser anunciado até ao próximo sábado — pretendendo obter um voto favorável antes das eleições presidenciais, e que retirará tempo ao estudo e ao desenvolvimento de mais programas de auxílio à recuperação económica.

Além disso, o aumento dos casos de Covid-19 na Europa aumentaram os níveis de receio sobre a recuperação da economia global, o que prejudica a recuperação da economia norte-americano.

Paralelamente, a China estará a preparar uma ofensiva aos Estados Unidos, devendo elaborar uma lista negra onde estarão empresas norte-americanas. A medida surge como contra-ataque ao ultimato lançado por Donald Trump sobre para que a rede social chinesa TikTok seja adquirida por uma empresa norte-americana.

Neste contexto, as ações das empresas ligadas aos materiais, indústria e energia foram as que mais perderam na sessão de hoje.

Destaque para o tombo da Nikola de 19% depois de o fundador e chairman Trevor Milton se ter demitido da empresa e de ter sido substituído por um executivo da General Motors, acionista da Nikola.

Nas matérias-primas, o preço do petróleo está em queda. Nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate perde 3,41% para 39,91 dólares e, em Londres, o barril de Brent cai 3,2% para 41,75 dólares.