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Wall Street fecha com Dow Jones na linha de água e com petróleo a escalar

Nafta e China nas razões para a queda da bolsa de Nova Iorque. Os investidores ainda aguardam o início da temporada de resultados do quarto trimestre nos EUA.
  • Brendan McDermid / Reuters
10 Janeiro 2018, 22h04

Quedas ligeiras foram registadas hoje em Wall Street. O Dow Jones caiu -0,07% para 25.369,13 pontos; o Nasdaq -0,23% para 6.662,66 pontos e o S&P 500 (-0,11% para 2.748,23 pontos). De salientar que o Dow Jones acumula um ganho próximo de 3% este ano. No entanto, o mercado caiu ligeiramente nesta quarta-feira, num dia em que o petróleo Brent (Londres) é notícia, pois marcou máximos desde dezembro de 2014 ao cotar acima dos 69 dólares (+ 0,33%, 69,05 dólares). O petróleo do West Texas subiu  0,71% em Wall Street, para 63,41 dólares.

Isto numa altura em que aumentam as tensões no Médio Oriente. Com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita a dizer sobre o líder do Irão: “É o novo Hitler do Médio Oriente”.

No Dow Jones, o JPMorgan (+ 1,1%) foi um dos valores mais positivos, atrás da General Electric (+ 1,99%) e à frente da Merck (+ 0,88%). Do lado negativo, a Intel (-2,57%) lidera, seguido por DowDupont (-1,51%) e Exxon (-0,80%).

Os investidores ainda aguardam o início da temporada de resultados do quarto trimestre nos EUA. Na sexta-feira, será a vez de dois dos maiores bancos do país, JPMorgan Chase e Wells Fargo. Os investidores aguardam as previsões dos bancos para 2018 e como as reformas tributárias promovidas pela Administração Trump os afetarão.

O principal fator que explica as perdas no mercado de ações de hoje e a subida dos juros soberanos a 10 anos dos EUA (2,54%), segundo os sites internacionais, é que a China está a considerar reduzir as suas compras de dívida pública americana, diz Craig Erlam, analista da Oanda citado pelos sites noticiosos.

Aparentemente, as autoridades chinesas acreditam que a dívida pública dos EUA perdeu o élan. Isso é muito importante porque a China é o principal detentor de dívida dos EUA em todo o mundo, com 3,1 triliões de dólares.

Esta atitude da China surge depois da Administração Trump estar a planear a imposição de tarifas especiais sobre a importação de determinados produtos chineses e também sobre os direitos de propriedade intelectual. A este respeito, um dos maiores riscos para o mercado é o aumento do protecionismo, que pode levar a uma “guerra” comercial entre a China e os EUA.

No fim da tarde, circulou nos mercados a notícia de que autoridades canadianas estão cada vez mais convencidas de que o presidente dos EUA, Donald Trump, irá anunciar a saída americana do acordo Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio), que está a ser renegociado por representantes dos EUA, do Canadá e do México.

Na macroeconomia, foram publicados os índices de preços da exportação e importação, que foram de 2,6% e 3% para o ano de 2017. Embora os dados económicos mais relevantes não sejam publicados antes de sexta-feira, dia, em que conheceremos a evolução das vendas no retalho e do IPC (inflação) em dezembro e para todo o ano de 2017.

As previsões apontam para um aumento de 0,4% nas vendas e um aumento de 0,2% nos preços, para 2,1% em todo o ano de 2017. Embora a inflação geral feche o ano acima 2%, a inflação subjacente, que exclui os alimentos frescos e a energia, diminui em 0,2% em dezembro, até 1,7% na taxa anual.

Janet Yellen passará o testemunho a Jerome Powell na reunião de política monetária a ser realizada no final de janeiro. Powell começará seu mandato como novo presidente do Fed em 3 de fevereiro, portanto, nenhuma notícia é esperada na última reunião de Yellen à frente da agência.

No mercado de câmbio, o euro recupera posições e valorizou 0,16% para 1,9555 dólares.

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