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Wall Street fecha em queda com descida do petróleo, Dow Jones corrige

Depois de um dia de feriado nos EUA, a bolsa começou a abrir em alta e o Dow Jones chegou a tocar os 26.000 pontos, mas fechou em queda. Os analistas da Reuters atribuem a correção à queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais.
  • Reuters
16 Janeiro 2018, 22h06

O Dow Jones perdeu o fôlego depois de superar os 26.000 pela primeira vez e devido à correcção dos preços do petróleo.

Hoje a sessão de Wall Street registou pequenas perdas depois de atingir máximos históricos. O Dow Jones atingiu os 26.000 pontos pela primeira vez na sua história, embora tenha acabado por fechar com um ligeiro declínio de 0,04% para os 25.792,860 pontos. O S&P 500 (-0,35%) fechou nos 2.776,42 pontos e o Nasdaq fechou nos 6.737,14 pontos (-0,32%).

Apesar de ter fechado em queda, Wall Street regista ganhos desde o início do ano. O Dow avançou quase 5% até agora, o S&P 500 4% e o Nasdaq 100 4,75%. Tem sido um mês de janeiro muito positivo para as  ações dos EUA.

Numa semana marcada pelos resultados, nesta terça-feira, foram conhecidas as contas da seguradora UnitedHealth, que valorizou no Dow Jones 1,86% após a publicação dos números do quarto trimestre. O UnitedHealth Group teve um lucro trimestral melhor que o esperado, ajudado pelos resultados do seu negócio de farmácias Optum.

As receitas do negócio Optum, que também oferece dados de saúde e serviços de análise e de tecnologia, subiram 70%, para 21,9 mil milhões de dólares no quarto trimestre. O lucro líquido atribuível aos acionistas da UnitedHealth caiu para 1,22 mil milhões de dólares, ou 1,26 dólar por ação, face a 1,51 mil milhões de dólares, ou 1,55 dólar por ação, um ano antes. Excluindo itens extraordinários, a UnitedHealth teve um lucro de 1,40 dólar por ação, acima da estimativa média de analistas de 1,38 dólar por ação, de acordo com a Reuters.

O título que mais brilhou no Dow foi a empresa farmacêutica Merck, que disparou 5,81% depois de confirmar o sucesso nas provas de um medicamento contra o cancro do pulmão. A Coca-Cola (+0,82%) também liderou.

Outro dos “pontos fortes” da sessão foram as contas do Citigroup, um dos bancos mais importantes do país. O banco reconheceu um impacto negativo de 22 mil milhões de dólares no quarto trimestre para a reforma tributária da Trump, mas as suas ações aumentaram 0,35% porque o consenso já antecipava esse encargo extraordinário. Excluindo esse fato, os lucros teriam sido de 3.700 milhões de dólares nesse trimestre.

O resultado do banco de 2017 foi negativo em 6,2 mil milhões de dólares (5.073 milhões de euros) o que compara com os lucros de 14,9 mil milhões de dólares registados em 2016, e deve-se sobretudo ao encargo extraordinário com a reforma fiscal da administração Trump, que gerou um prejuízo de 18,3 mil milhões de euros no quarto trimestre (quando no mesmo período de 2016 teve um ganho de 3.573 milhões de dólares).

Os títulos da General Electric caíram 2,93% e lideraram as vendas no Dow,  depois da empresa reconhecer nos seus resultados um impacto negativo de 6.200 milhões de dólares na sua carteira de seguros, que pertence à sua subsidiária General Electrics Capital. Outros valores em queda foram a Nike (-1,93%) e a United Technologies (-1,91%).

No mundo dos negócios, a Ford (-0,98%) também foi protagonista, já que durante o Salão Automóvel Internacional, em Detroit, anunciou um investimento de 11 mil milhões de dólares em veículos elétricos até 2022.

Hoje nos mercados assistiu-se a uma queda na cotação do petróleo. Em Nova Iorque, o contrato futuro de crude para entrega em fevereiro cai 0,81% para 63,78 dólares por barril, enquanto em Londres o preço desce 1,47% para 69,25 dólares. Neste contexto, as perdas no setor energético na bolsa chegaram a 1%, indica a Reuters.

Hoje também foi dia dos analistas do Morgan Stanley terem elevado a previsão do preço médio do petróleo Brent (Londres) para 2018 para 75 dólares o barril.

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