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Wall Street fecha em queda em semana de descida de juros da Fed

A atenção dos investidores vai virar-se esta semana para a reunião de dois dias do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC), que começa amanhã, terça-feira, 9 de dezembro, e termina na quarta-feira, 10 de dezembro, após o fecho dos mercados bolsistas europeus.
Brendan McDermid / Reuters
8 Dezembro 2025, 22h36

Wall Street fechou com perdas moderadas com olhos postos na descida dos juros pelo banco central dos Estados Unidos.

O índice de referência global S&P 500 recuou 0,35% para 6.846,51 pontos, o industrial Dow Jones desvalorizou 0,45% para 47.739,32 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cedeu 0,14% para 23.545,90 pontos.

A atenção dos investidores vai virar-se esta semana para a reunião de dois dias do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC), que começa amanhã, terça-feira, 9 de dezembro, e termina na quarta-feira, 10 de dezembro, após o fecho dos mercados bolsistas europeus.

O mercado espera que o banco central americano corte as suas taxas de juro de referência em 25 pontos base, levando-as para o intervalo de 3,50% a 3,75%. De facto, os investidores atribuem uma probabilidade de 87,5% a tal movimento por parte da Fed.

Na conferência de imprensa subsequente, espera-se que Jerome Powell adopte um tom mais conservador e continue indeciso quanto ao número de cortes de juros que a Fed implementará em 2026.

A sessão ficou marcada pela oferta hostil da Paramount para comprar a Warner Bros por de 108,4 mil milhões de dólares. A proposta de 30 dólares – que pretende superar a oferta da Netflix – levou as ações da Warner Bros a valorizarem 4,41% para 27,23 dólares.

A Paramount subiu 9% para 14,57 dólares e a Netflix perdeu 3,41% para 96,82 dólares.

Já as bolsas europeias também fecharam em baixa ligeira na segunda-feira, com os investidores globais atentos à decisão de política monetária da Reserva Federal dos EUA esta semana.

Entretanto, as tensões estão a aumentar em relação à Ucrânia. O presidente norte-americano, Donald Trump, acusou o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, de nem sequer ter lido as propostas de paz. “Estou um pouco desapontado por o presidente Zelensky ainda não ter lido a proposta. A sua equipa adorou, mas ele ainda não a leu”, disse à imprensa.

Zelensky reuniu-se hoje com a coligação dos dispostos europeus em Londres nesta segunda-feira. Do pouco que saiu dessa reunião com os líderes do Reino Unido, Alemanha e França, o presidência descarta ceder território à Rússia, referindo-se ao que falta da região do Donbass que ainda não caiu na mão dos russos. O processo de paz está assim empencado e os europeus querem que Zelensky continue a guerra contando com as armas dos Estados Unidos.

Entretanto Bruxelas diz que vai emitir obrigações no mercado internacional, pedindo emprestado até 210 mil milhões de euros e usando como garantia (colateral) os ativos do Banco Central Russo que estão imobilizados desde 2022, no mesmo valor.

Esse dinheiro vai para a Ucrânia, que o utiliza para financiar o seu orçamento e os esforços de defesa até 2027. A Comissão Europeia conta que a Rússia pague as reparações de guerra e essas indemnizações servem para Kiev reembolsar o empréstimo. Se por alguma razão isso não acontecer pagam os países que deram as garantias. Portugal arrisca 3,3 mil milhões de euros.

A Alemanha garante 51,3 mil milhões de euros, cerca de 24,4% rendimento nacional bruto europeu, seguida de França (34 mil milhões), Itália (24,1 mil milhões) e Espanha (18,9 mil milhões).

Hoje o JP Morgan disse que o barril de petróleo pode recuar para 30 dólares até 2027 se não houver uma redução da (galopante) da oferta da commodity. O barril do petróleo despenca 2% nos Estados Unidos para os 58,88 dólares e o Brent na Europa tomba 1,93% para 62,52 dólares.


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