Antes da abertura do mercado, foi conhecido que os pedidos semanais de subsídio de desemprego nos Estados Unidos baixaram na semana passada em 41.000 para 220.000, o registo mais baixo em 45 anos, informou esta quinta-feira o Departamento do Trabalho.
Wall Street corrigiu dos ganhos da véspera (Dow Jones: -0,37% para 26.017,81 pontos; S&P 500: -0,16% para 2.798,03 pontos, e o Nasdaq: +0,02% para 6.811,38 pontos). Apesar das perdas, o Dow Jones conseguiu ficar acima do nível de 26.000 pontos.
O Dow já cresceu 5,3% neste ano, enquanto o S&P 500 aumentou 4,6% e o Nasdaq 100 ganhou 5,7%.
Esta impressionante linha de subida no início do ano foi apoiada na quarta-feira por vários catalisadores positivos. Por exemplo, a Apple confirmou que irá repatriar para os Estados Unidos 200 mil milhões de dólares que mantém no exterior. O fabricante do iPhone pagará 38.000 milhões de dólares em impostos num pagamento sem precedentes, que surge após reforma fiscal de Trump.
A Apple propõe-se também a criar 20 mil empregos no país. As ações subiram um ligeiro 0,09% na quinta-feira.
O Morgan Stanley foi um dos protagonistas da sessão, já que é o último dos grandes bancos americanos que “confessou” ao mercado que os seus lucros caíram 55% no quarto trimestre de 2017 até 686 milhões de dólares (0,84 dólares por ação) devido à reforma tributária dos EUA, o que compara com os 0,77 dólares estimados pelos analistas consultados pela Reuters. Suas ações recuperaram 0,89% no mercado de ações norte-americano.
Os encargos extraordinários decorrentes da reforma fiscal devem-se à reavaliação dos activos por impostos diferidos (DTA) decorrente de uma taxa de imposto sobre as empresas inferior nos EUA e a mudança para um regime de tributação territorial.
Em termos anuais o Morgan Stanley fechou 2017 com um resultado líquido de 6,1 mil milhões de dólares (cerca de 5 mil milhões de euros), mais quase 3% do que no ano anterior, revelou o banco em comunicado emitido esta quinta-feira, 18 de Janeiro.
Já as receitas ascenderam a 9,5 mil milhões de dólares no último trimestre do ano, quando os analistas antecipavam um volume de negócios médio de 9,2 mil milhões.
A liderar as quedas estiveram as ações do produtor de alumínio Alcoa Corp, uma vez que perderam 7% depois de apresentar contas decepcionantes para analistas. A empresa teve perdas líquidas de 196 milhões de dólares, 71 milhões de dólares acima do ano anterior, também uma consequência da reforma tributária de Trump. Apesar de ter aumentado as vendas em 25% no quarto trimestre do ano passado.
No Dow Jones, o UnitedHealth Group liderou os ganhos e ganhou 1,98%. Seguiram-se o Walmart (+ 1,56%) e a VISA (+ 0,93%).
Em sentido oposto destacam-se a General Electric (-3,34%), a Boeing (-3,09%) e a Merck (-1,45%).
Antes da abertura do mercado, foi conhecido que os pedidos semanais de subsídio de desemprego nos Estados Unidos baixaram na semana passada em 41.000 para 220.000, o registo mais baixo em 45 anos, informou esta quinta-feira o Departamento do Trabalho. O número de pedidos ficou abaixo do esperado pelos economistas, que tinham apontado para 246.000 pedidos na semana passada, de acordo com o Market Watch.
A principal referência na sexta-feira será o índice de confiança do consumidor referente a janeiro, preparado pela Universidade de Michigan e para o qual um aumento de 95,9 para 97,0 é esperado.
Além disso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) publicou o seu relatório anual nesta quinta-feira e mantém a sua previsão de crescimento estável para 2018, ou seja, um aumento na procura de até 1,53 milhões de barris por dia.
Esta notícia causou quedas no mercado de commodities. Assim, o petróleo do West Texas, benchmark nos EUA, baixou 0,34% no final do mercado, para 63,75 dólares, enquanto o Brent crude, uma referência na Europa, depreciou-se para 69,16 dólares.
No mercado de divisas, o euro subiu de valor 0,42% para 1,2239 dólares, depois de marcar na quarta-feira um novo máximo anual.
