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Wall Street fecha mista com Nasdaq em alta

Uma subida mais intensa das taxas de juro de curto prazo americanas faz subir também as de longo prazo, deprime o mercado acionista e dá força ao dólar, referem os analistas.
  • Reuters
2 Março 2018, 21h42

Wall Street reduz as perdas impulsionada pela recuperação do setor da tecnologia. O Nasdaq subiu 1,08% para 7.257,9 pontos e o S&P 500 ganhou 0,51% para 2.691,2 pontos, enquanto o Dow Jones caiu 0,29% para 24.538 pontos, após ter estado a perder mais de 1%. A sessão de hoje acabou não seguir a tendência das anteriores. A New York Stock Exchange (NYSE) passou por três sessões consecutivas negativas em boa parte graças à decisão de Trump passar a cobrar uma tarifa de 25% para a importação de aço e uma de 10% para a importação de alumínio.

Donald Trump anunciou na quinta-feira a intenção de aplicar tarifas às importações de aço e alumínio. Posteriormente afirmou que as “guerras comerciais são boas” e “fáceis de ganhar”, no Twitter. Após as declarações, o dólar caiu em relação ao euro e a outras divisas, incluindo a libra esterlina e o iene, depois de uma semana em que se tinha reforçado.

Mas há também as declarações de Jerome Powell (da Fed) a travar a subida das ações. O presidente do banco central reiterou a sua mensagem de que o aumento gradual das taxas de juros e a redução do balanço da Fed são medidas necessárias para “impulsionar” o crescimento económico, enquanto a inflação não atinge a meta de 2%.

A nota de conjuntura do Fórum da Competitividade de fevereiro explicava hoje que a subida dos salários nos EUA indica, finalmente, a normalização da economia americana,
quase dez anos após a crise, “abrindo caminho para que a Reserva Federal suba as
taxas de referência as três vezes que anunciou, mas em que os mercados financeiros
não acreditavam”.
Por seu turno, uma subida mais intensa das taxas de juro de curto prazo americanas
faz subir também as de longo prazo, deprime o mercado acionista e dá força ao dólar, refere o economista Pedro Braz Teixeira na nota de conjuntura.

Hoje a Comissão respondeu às restrições dos EUA em matéria de aço e alumínio
A Comissão Europeia tomou nota ontem do anúncio do Presidente dos Estados Unidos da América, da imposição de direitos adicionais à importação para os Estados Unidos de aço e alumínio proveniente da UE. Em reação a este anúncio, o Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, declarou que “Em vez de propor uma solução, esta manobra só pode agravar a questão. A UE tem sido um aliado próximo em termos de segurança dos EUA durante décadas. Não vamos ficar parados enquanto a nossa indústria é atingida com medidas desleais que colocam em risco milhares de postos de trabalho. A UE reagirá com firmeza e proporcionalmente para defender os nossos interesses. A Comissão apresentará nos próximos dias uma proposta de contramedidas contra os EUA, compatíveis com a OMC, para reequilibrar a situação.”

A nota de conjuntura do Fórum da Competitividade chamava também a atenção para o facto de no mês de Fevereiro, ter havido uma forte correcção do mercado acionista americano, que já não ocorria quase há dois anos e após uma forte subida em janeiro.

Noutros mercados, o petróleo WTI, referencia no mercado americano, sobe 0,71% para 61,42 dólares
Já o Brent em Londres subiu 1,02% para 64,48 dólares.

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