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Wall Street fecha pressionada pelo colapso da Alphabet e do Facebook

O ambiente de correção que marcou a semana passada aparenta continuar em Wall Street perante o escalar das tensões comerciais. As FANG (Facebook, Amazon, Netflix e Google) penalizaram o Nasdaq 100.
3 Junho 2019, 21h54

As ações da Alphabet tombaram mais de 6% e por arrasto as ações do Facebook também levaram uma forte queda de mais de 7%. Isto porque há informações que a Federal Trade Commission poderá analisar as suas práticas de negócios e como elas afetam a concorrência digital. Estas performances arrastaram a bolsa dos Estados Unidos.

A imprensa internacional – Wall Street Journal (WSJ) – noticiou que a Google, detida pela Alphabet, poderá ser alvo de uma investigação por parte do Departamento de Justiça norte-americano (DoJ). E diz ainda que a Amazon (a cair quase 5%) vai ser alvo de maior escrutínio por parte do DoJ e da Federal Trade Commission.

Os reguladores têm apertado a vigilância a grandes tecnológicas por uso de posição dominante.

As FANG (Facebook, Amazon, Netflix e Google) penalizaram assim o Nasdaq 100. Com isto o Nasdaq caiu mais do 2% e arrastou o conjunto do mercado.

O índice tecnológico perdeu 1,61% para 7.333,02 pontos. O Dow Jones fechou em alta ligeira nos 0,02% para 24.819,78 pontos. Ao passo que o S&P 500 perdeu 0,28% para 2.744,45 pontos.

A guerra tarifária dominou o sentimento num dia em que surgiram dados da atividade terciária nos EUA. Em Wall Street houve uma primeira reação negativa aos dados de atividade na indústria, com o ISM a recuar dos 52,8 para os 52,1. O ISM Industria nos EUA cai para os 52,1 em maio, quando se estimava 53.

No que se refere ao escalar das tensões comerciais, o Goldman Sachs vê uma probabilidade de 60% dos EUA aplicarem tarifas alfandegárias de 10% nos 300 mil milhões de dólares de produtos importados da China. Já os JP Morgan e Morgan Stanley não esperam um acordo entre as duas nações.

O mercado tem a reunião do G20 no Japão (28 e 29 de junho) como o grande evento a seguir nas conversações comerciais EUA/ China.

Na frente empresarial, a Centene Corp, no ramo da assistência médica,  tombava mais de 8% depois da Humana ter referido que não tem interesse numa potencial aquisição. Já a californiana Amgen, bio-farmacêutica, disparou quase 4% com o sucesso de um teste de um medicamento.

A Apple tinha para hoje agendada a WWDC (Apple Worldwide Developers Conference) onde se espera que divulgue o iOS 13.

A marcar a sessão dos mercados esteve ainda a recuperação dos preços do petróleo desde os mínimos da sessão, isto depois da Arábia Saudita se ter mostrado confiante de que a OPEP e os seus aliados vão tomar decisões para equilibrar o mercado petrolífero para além de junho. O crude West Texas caiu 1,85% para 57,72 dólares e o Brent, referência na Europa, deslizou 2,87% para 67,46 dólares.

Os investidores estarão a observar tudo o que o presidente dos EUA tem a dizer, numa visita oficial ao Reino Unido, tanto sobre as tensões com a China e México como sobre o Brexit. Recorde-se que Trump é um firme defensor do Brexit sem acordo e durante os três dias permanecerá no Reino Unido. O presidente dos EUA tem na agenda encontrar-se com Borish Johnson e Nigel Farage, também defensores desta opção.

 

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