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Wall Street hesita face aos desencontros da guerra comercial

As bolsas norte-americanas continuam a vogar ao sabor das notícias sobre o comércio internacional. Mas Hong Kong pode ser um entrave à normalização das relações entre as duas potências.
21 Novembro 2019, 21h21

O Dow Jones fechou a ceder 0,23% para 27.756,49 pontos, depois de marcar um novo máximo histórico nos 28.090,21 pontos na sessão de terça-feira. Já o S&P 500 recuou 0,18% para 3.102,90 pontos, depois de máximos atingidos no mesmo dia – que atiraram o índice para os 3.127,64 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite cedeu 0,24% para 8.506,21 pontos, depois de ter também batido recordes na terça-feira.

Confrontados com as notícias sobre a área comercial, os investidores estão a assumir uma posição de expectativa pela segunda sessão consecutiva, que voltou a fechar no vermelho. A última informação é que China e Estados Unidos podem estar mais longe do acordo que aquilo que se passava há precisamente uma semana, altura em que o mercado evoluía como se tivesse alguma certeza sobre a matéria.

O negociador comercial da China disse estar “cautelosamente otimista” quanto a um acordo comercial parcial, mas isso não foi suficiente para o mercado começar a subir. Em perspetiva está que a questão de Hong Kong pode acabar por minar aquilo que parecia uma solução aceitável para 18 meses de guerra. Para já, essa guerra vai prolongar-se e a questão de Hong Kong tem todos os ingredientes para parar o processo.

Não que, dizem os analistas, Trump opte por indexar a questão comercial à convulsão que se passa em Hong Kong. Por muito que o presidente dos Estados Unidos insista em que o regime chinês deve aliviar a pressão na cidade, o inquilino da Casa Branca nunca colocará em causa o crescimento da economia do seu país por causa de um problema interno num lugar recôndito da longínqua Ásia.

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