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Wall Street em ligeira baixa a poucos dias das presidenciais

As bolsas norte-americanas fecharam em baixa, numa altura em que os investidores optam pela prudência, a poucos dias das eleições norte-americanas, marcadas para o dia 8 de novembro.
31 Outubro 2016, 21h15

Os principais índices norte-americanos encerraram, esta segunda-feira, em baixa, quando se aproxima a eleição presidencial, e após o FBI ter reaberto a investigação aos emails de Hillary Clinton. O índice industrial Dow Jones desceu 0,10% para 18.142,42 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq caiu 0,02% para 5.189,13 pontos, e o S&P 500 perdeu 0,01% para 2.126,15 pontos.

Uma das notícias que marcaram hoje o dia foi o do acordo entre a General Electric e a Baker Hughers para uma fusão das suas unidades ligadas ao petróleo e ao gás. Amanhã os investidores continuarão atentos também à apresentação dos resultados trimestrais, de empresas como a Shell, Kellog e Standard Chartered.

Numa altura em que se aproxima o encontro do Federal Open Market Committee (FOMC) a 2 de novembro, Franck Dixmier, Global Head of Fixed Income at AllianzGI, explica: “A alguns dias das eleições americanas, não esperamos que sejam tomadas decisões sobre as taxas Fed Funds na próxima reunião da FOMC.

Porém, o desafio dessa reunião não é menos importante, dado que a Fed deverá aproveitar a ocasião para comunicar de uma forma mais precisa as suas intenções aos investidores, para que estes possam gerir melhor as suas expectativas”

Atualmente, os mercados estimam 70% de possibilidades de subida nas taxas em dezembro de 2016, que seria seguida de apenas uma subida até 2018. “Estas expectativas parecem-nos curtas se tivermos em conta as perspetivas de crescimento e da inflação nos Estados Unidos”, acrescenta o especialista.

As últimas estatísticas publicadas demonstram que a economia americana encontra-se já em pleno emprego. E do lado dos preços, todos os indicadores de inflação apontam para uma subida, sob o efeito conjugado do pleno emprego, do aumento no preço das matérias-primas (commodities) e da diminuição nos efeitos de base da progressão do dólar (mais forte), o que já fez com que os preços das importações voltassem a aumentar.

“O contexto pós-eleitoral do próximo Comité da Fed em Dezembro deverá ser mais propício a uma subida nas taxas Fed Funds. É muito provável que o desaparecimento das incertezas ligadas ao escrutínio presidencial se traduza numa retoma do investimento. Conjugado com um consumo que se mantém robusto, deverá conferir margem de manobra ao banco central para prosseguir as subidas das taxas de forma gradual. Uma vez removido o obstáculo das eleições americanas, a Fed não poderá mais justificar o injustificável”, sublinha Franck Dixmier.

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