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Wall Street regista mais um dia muito positivo

O mercado mobiliário do lado de lá do Atlântico parece uma ilha a flutuar num mar de escombros. Nem a perspetiva do forte crescimento do número de desempregados foi suficiente para reter os investidores.
  • Brendan McDermid / Reuters
26 Março 2020, 20h56

Os principais índices norte-americanos mantiveram esta quinta-feira fortes subidas, animados pela aprovação do pacote orçamental de dois biliões de dólares, que acabou por não ser contrabalançado pelo enorme aumento dos pedidos de subsídio de desemprego.

O Dow Jones encerrou a subir 6,38% para 22.552,17. O Standard & Poor’s 500 subiu 6,24% para 2.630,07 pontos, o nível mais alto das últimas duas semanas. O tecnológico Nasdaq Composite ganhou 5,60% para 7.797,54 pontos.

Mais uma vez, e como sucede tantas vezes, os índices vão totalmente ao arrepio do sentimento geral. A propagação da pandemia nos Estados Unidos dá nota clara de que o pior da Covid-19 ainda está para vir – colocando em perigo a economia do país. Os dois biliões de dólares que a Casa Branca se prepara para ‘atirar’ sobre a economia não serão suficientes para parar a sua queda – até porque as economias do resto do mundo estarão igualmente de rastos.

Mas os investidores parecem estar interessados em ‘cavalgar’ a boa fase dos mercados e não param perante nada – nem com o petróleo a descer para níveis ‘infantis’ – está sustentadamente abaixo dos 30 dólares por barril – coisa que há poucas semanas era indicado como a causa da derrocada dos mercados mobiliários do lado de lá do oceano. Era um arrefecimento da economia mundal, diziam os ‘experts’!

Hoje mesmo soube-se que o número de pedidos de subsídio de desemprego disparou para os 3,28 milhões na semana passada, o que constitui um recorde absoluto, muito acima do anterior recorde, que era de 1982. Mas nem este mau dado demoveu os investidores.

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