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Wall Street termina outubro com semana recheada de interesse

Sobre a reunião da Fed, evento que certamente terá muito escrutínio, especialmente quanto às palavras utilizadas por Jerome Powell, é de esperar que o principal banco central corte mais uma vez nos juros para um intervalo entre os 1,5% e os 1,75%.
28 Outubro 2019, 12h52

Se na sexta-feira Wall Street terminou em alta ligeira, embalada pelo optimismo sobre um avançar das negociações entre os EUA e a China com vista à obtenção de um acordo, nem que seja parcial numa primeira fase, os investidores irão entrar para esta semana com vários temas importantes a ter em conta, que podem condicionar o andamento dos índices nas próximas duas semanas. Com efeito, época de resultados, reunião da Fed e non-farm payrolls são uma mistura que fazem dos próximos dias, sessões onde a volatilidade poderá estar um pouco mais elevada que o habitual.

Em relação aos resultados serão cerca de 150 empresas do S&P500 que vão apresentar os seus números relativos ao terceiro trimestre, ou seja uma parte muito significativa do principal índices, onde se incluem nomes como a Google, Facebook e Apple, do lado positivo está o facto de que para já os investidores estão a beneficiar mais as empresas que têm batido as previsões dos lucros, do que penalizado as que têm ficado aquém do antecipado, veremos se a tendência continuará. Já sobre a reunião da Fed, evento que certamente terá muito escrutínio, especialmente quanto às palavras utilizadas por Jerome Powell, é de esperar que o principal banco central corte mais uma vez nos juros para um intervalo entre os 1,5% e os 1,75%, estando os analistas à espera de uma pausa no movimento “dovish” após este provável “alívio” no custo do dinheiro.

Sobre os dados económicos mais importantes do mês, as previsões são para uma evidência de arrefecimento do mercado de trabalho com menos de 100.000 postos de trabalho criados e um ligeiro aumento da taxa de desemprego, com os problemas laborais na General Motors a fazerem mossa no mês de Outubro. A dimensão da redução do número de empregos criados, depois de em Setembro os non-farm payrolls terem saído nos 135,000, será o factor a ter em conta para uma reacção positiva ou negativa do mercado, porque piores que os do mês anterior serão quase de certeza. Em suma, promete ser uma semana interessante, com vários motivos para mexer o mercado.

O gráfico de hoje é da Apple, o time-frame é Semanal

 

A poucos dias de apresentar os resultados do último trimestre os títulos da fabricante dos iPhones estão perto de alcançar a linha superior do canal ascendente (laranja), uma zona de potencial resistência.

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