O presidente russo, Vladimir Putin, acusa os serviços de inteligência norte-americanos de estarem por detrás do ataque cibernético em larga escala, com o vírus WannaCry, que na passada sexta-feira afetou milhares de computadores em todo o mundo. A Rússia foi um dos países afetados pelo ataque, com várias investidas a órgãos estatais, embora as autoridades garantam que “não houve perdas significativas”.
Depois de terem sidos várias vezes acusados pelos Estados Unidos de ingerência na recente eleição presidencial norte-americana, os russos acusam agora os Estados Unidos de estarem “sempre à procura de culpados” como forma de desviar as atenções sobre si mesmos.
“A principal fonte deste vírus são as forças especiais dos Estados Unidos. A Rússia não tem absolutamente nada a ver com isso”, sublinhou o presidente russo, numa conferência de imprensa em Pequim.
O ataque desta sexta-feira afetou cerca de 150 países e hackeou os servidores de mais de 200 mil organizações estatais ou de grande proeminência em todo o mundo. Vladimir Putin confirma que o país foi também afetado, mas que “não houve nenhum dano significativo” nas instituições russas, quer bancárias ou de cuidados de saúde.
O líder russo diz, no entanto, que este ciberataque em larga escala “é preocupante” e que esta questão “deve ser discutida a nível político”.
O vírus conhecido como WannaCry é um ransomware, uma espécie de ‘software‘ que rouba arquivos de um computador para depois pedir seus usuários o ‘resgate’ em dinheiro. Várias empresas, hospitais e até mesmo agências governamentais tiveram de suspender total ou parcialmente as suas operações depois de ser infectadas pelo vírus.
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