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Web Summit: Byton antevê alterações nos modelos de negócio, Aston Martin garante carros para conduzir

O fabricante chinês de carros elétricos Byton anteviu hoje a alteração dos modelos de negócio com os veículos autónomos, enquanto os britânicos da Aston Martin garantem que continuarão a fabricar carros para serem conduzidos.
6 Novembro 2018, 14h42

No palco principal da conferência de tecnologia e inovação, Web Summit, colocou-se ao final da manhã a questão de a indústria automóvel estar atualmente numa encruzilhada e as respostas vieram do setor, mas dando três visões diferentes.

Do lado da ‘startup’ Byton, muitas vezes apresentada como concorrente da Tesla, Carsten Breitfeld, perspetivou já zonas piloto para carros autónomos, dentro de dois ou três anos, “inicialmente na China” e falou de como “os modelos de negócio vão ser alterados” no mundo dos transportes e da mobilidade.

O antigo dirigente na alemã BMW afirmou como os carros no futuro serão plataformas de conteúdos, ou como resumiu “carros ‘smart’” graças à tecnologia, à conectividade e à inteligência artificial.

“Não é apenas alteração da tecnologia, mas de um modelo de negócio”, garantiu o líder da Byton, que não deixou de sublinhar que a tecnologia também fará diferença nas estatísticas.

“A tecnologia pode salvar vidas. Continuará a haver acidentes, mas muito menos. A tecnologia vai adicionar valor e salvar vidas”, referiu Breitfeld, no Altice Arena, notando, porém, a necessidade de haver discussão sobre questões éticas, de privacidade e legais.

Com sotaque britânico, Marek Reichman, responsável criativo e vice-presidente executivo da Aston Martin lembrou como as pessoas querem tecnologia, mas continuam a comprar relógios suíços para garantir que continuarão a ser fabricados carros para serem conduzidos.

O responsável da marca do agente secreto 007 James Bond sublinhou como na sua ‘casa’ há já a certeza de que “continuam a ser fabricados carros para ser conduzidos” e que “há carros para conduzirem” como o autónomo Lagonda já desvendado pela marca britânica.

Respostas por parte da legislação também são precisas para o futuro do setor automóvel, acrescentou.

Martin Hofmann, responsável pela área informática (CIO) da Volkswagen, anteviu a multiplicidade de respostas que haverá no futuro, porque há consumidores que querem continuar a ser donos de carros e os que usam aplicações para garantir transporte.

Com as novas regras de gestão de privacidade, o CIO afirmou que o setor está já a ser ensinado e que as pessoas irão decidir quando e ao que dão acesso, numa gestão consciente de consentimentos.

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