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‘Web Talk’ JE e Huawei: Conteúdos de media e entretenimento moldados pela inovação da tecnologia

O jornalismo e o entretenimento começaram a ser feitos sem recurso a uma caixa televisiva, mas a tecnologia criada há 50 anos permitiu que entrassem em todos os lares. Hoje, a evolução tecnológica continua a moldar a forma como os conteúdos são produzidos e percecionados. A tecnologia promete continuar a revolucionar os setores de Media e Entretenimento nos próximos anos e esse foi o tema em debate na Web Talk “Media & Entretenimento” inserida no ciclo de conferências online “A Step into the Future”, organizada pelo Jornal Económico e pela Huawei Portugal.
24 Julho 2020, 16h20

Os conteúdos informativos e de entretenimento foram moldados pela inovação tecnológica quando o digital arrancou, permitindo uma maior proximidade aos leitores. Esta foi uma das ideias chave deixadas na conferência “Media e Entretenimento” inserida no ciclo “A Step Into The Future”, promovida pelo Jornal Económico e pela Huawei, esta sexta-feira, 24 de julho.

O head of Public Affairs & Communications da Huawei Portugal, Diogo Madeira, afirmou que a área dos media e do entretenimento “sempre andou de mão dada com a tecnologia”. “A forma como se produzem, distribuem e consomem conteúdos – sejam informativos ou de entretenimento – foi sempre muito moldada pela inovação tecnológica”, disse na sua intervenção, embora concorde com Álvaro Covões quando o promotor diz que nada substitui os espetáculos ao vivo.

“O jornalismo tem evoluído ao longo dos tempos e tem vindo a sofrer ajustes e evoluir com base nas ferramentas tecnológicas, e há inclusive indústrias novas que nasceram debaixo deste ‘chapéu’ do entretenimento, como é o caso da indústria dos jogos eletrónicos e dos eSports, que é tantas vezes referida”, sustentou. Seguindo o facto de hoje estarmos constantemente a olhar para ecrãs, é “mais fácil fazer chegar os conteúdos a novas plataformas”.

“Acredito que, num grupo de media com um canal de televisão” – tomando como exemplo a Impresa – “o investimento no parque tecnológico deve ser um dos mais significativos de toda a estrutura. Isto levanta desafios para quem toma decisões, nomeadamente decisões de investimento que é preciso saber que estão certas porque o que é hoje tecnologia de ponta se calhar, com a velocidade a que a inovação decorre, daqui a uns anos já pode não ser”.

Inteligência Artificial e produção de conteúdos

Um dos exemplos da “desmaterialização dos jornais” e de novos “projetos pensados numa lógica mobile” é o facto da Inteligência Artificial estar cada vez mais presente na escrita e produção de conteúdos, sendo que, segundo Francisco Pedro Balsemão, existe um canal televisivo chinês que usa robôs como pivots e Diogo Madeira complementa que existem robôs que escrevem notícias com base em dados.

“Sei que isto é olhado com algum ceticismo por parte dos jornalistas. mas há uma outra dimensão, que permite libertar os jornalistas para aquelas que são histórias com mais valor e que precisam de mais tempo e que podem ser trabalhadas com mais cuidado”, assume o head of Public Affairs & Communications da Huawei Portugal.

Na mesma conversa, Diogo Madeira mencionou a importância da utilização de Inteligência Artificial no mundo dos espetáculos, visto que já existem “bandas virtuais”. “Acho que foi nos MTV European Music Awards, em Lisboa [2005], que existiu uma atuação dos Gorillaz em holograma. O próprio NOS Alive, no ano passado, já tinha incorporado uma experiência de realidade virtual assente em 5G. Ou seja, também na área dos espetáculos, a tecnologia não se sobrepõe, mas enriquece-o e cria novos conteúdos dentro de programas”.

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