Mais de meio milhão de pessoas ganhou a nacionalidade portuguesa em seis anos, segundo dados do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), a que o Jornal de Notícias teve acesso. Foi discutido no Parlamento esta quinta-feira a lei que deu a cidadania portuguesa a 598 575 pessoas entre 2010 e 2016. As propostas de alteração apresentadas pelo PSD e Bloco de Esquerda visam facilitar o processo.
A grande maioria dos pedidos foi aceite, sendo que dos 643 264 estrangeiros que pediram nacionalidade no período em questão, apenas 7% não conseguiu tornar-se português. Só no ano passado, 92 761 pessoas foram aceites como cidadãos portugueses, o número mais alto nos últimos sete anos e um aumento de 4 918 pessoas face ao ano anterior.
Entre os países de onde vem a maioria dos pedidos, destacam-se o Brasil em primeiro lugar, seguido de Cabo Verde e Ucrânia. “Portugal é um país da União Europeia, o que significa que é uma porta de entrada para a Europa,” explica o advogado Nuno Albuquerque em declarações ao JN. O advogado acredita também que as alterações à legislação de 2006 que facilita a cedência de nacionalidade a descendentes de pessoas que tenham morrido sem que o pedido fosse aceite é outro fator que contribuiu para o aumento.
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