Aquele que será o negócio dos últimos anos em Portugal, nos mercados das telecomunicações e nos media não chegará a tornar-se realidade, se a Autoridade da Concorrência (AdC) concluir que coloca em causa a concorrência nesses setores.
O negócio não é bem visto pelo Governo, bem como pelos sindicatos. O primeiro-ministro António Costa afirmou no Parlamento que aprecia a atual linha editorial da TVI, sinalizando que não vê com bons olhos uma mudança no perfil da estação, em resultado da compra pela Altice.
Contra o negócio estão especialmente os concorrentes da TVI, com destaque para Impresa (dona da SIC), bem como as outras operadoras de telecomunicações. Miguel Almeida, CEO da NOS, chegou mesmo a afirmar que se a Altice comprar a Media Capital a NOS terá de contra-atacar, espolentando rumores sobre uma possível compra da Impresa.
Depois da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) ter recusado assumir uma posição sobre o negócio – devido à discordância entre o ex-presidente Carlos Magno e os dois outros membros do conselho regulador -, a bola está agora do lado da AdC. Tendo em conta que a ERC tem agora nova liderança, crescem as pressões por parte dos concorrentes da Altice e da TVI para que a AdC peça novo parecer à entidade reguladora dos media, antes de se pronunciar definitivamente. No entanto, a AdC considera que esse passo não é necessário e que a ERC já teve oportunidade para dar o seu parecer, tal como exigido na lei.
Os próximos meses serão, pois, decisivos para este negócio que promete redefinir o mercado dos media.
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