“Uma sociedade com 29 mil milhões de capital social que não faz nada, mas anuncia serviços para milhões de pessoas”. O misterioso caso da empresa portuguesa Yupido, cujo capital social equivale a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) português, começa a ecoar na imprensa internacional. O jornal espanhol El País descreve-a esta terça-feira como a “maior empresa de Portugal que não tem empregados”.
Sobre a empresa, da qual pouco se sabe, o jornal escreve que o caso teria passado despercebido se não fosse um professor universitário “ávido leitor” da Universidade do Minho a deparar-se, entre as suas pesquisas sobre a produtividade das empresas, com o insólito capital social de uma empresa da qual nunca ninguém tinha ouvido falar. São mais de 28 mil milhões de euros, um capital social que é nove vezes superior ao da EDP, até então considerada a maior empresa portuguesa.
O jornal caracteriza a descoberta como “algo extraordinário”: “Uma empresa com 243 milhões e nenhum funcionário” tendo esta recebido um aumento de capital de 243 milhões para quase 29 mil milhões de euros. O que fazem “é claro nos registos oficiais”, escreve o ‘El País’: prestação de serviços de consultoria para os negócios e gestão, design ou marketing.
A empresa foi constituída em julho de 2015 e o conselho de administração era – e é – constituído por duas pessoas: Torcato Caridade da Silva, presidente, e Cláudia Alves, vice-presidente. O jornal avança ainda que entretanto, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Ordem dos Revisores Oficiais de Contas e o Ministério Público abriram investigações ao caso.
A sociedade anónima tem sede no centro empresarial das Torres de Lisboa e rapidamente se tornou viral nas redes sociais.
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