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Ações do BCP em alta não chegam para travar queda da bolsa

As acções da EDP (-3,51% para 2,998 euros) e da REN (-2,58% para 2,680 euros) registaram fortes quedas esta segunda-feira, a reflectir a proposta da ERSE para os preços da electricidade.
Brendan McDermid/Reuters
16 Outubro 2017, 17h44

O BCP fechou a sessão de hoje a subir 2,35% passando a fasquia do 0,25 euros (0,2572 euros). As ações estão em parte a ser impulsionadas pela recomendação de compra do BPI, que no seu equity research dá um preço alvo ao título de 0,33 euros.

Mas essa pujança do BCP não foi suficiente para evitar a queda do PSI 20, de -0,10%, para 5.452,530 pontos.

Em alta fecharam a Altri (1,58%) e a NOS (1,24%). Esta última foi influenciada pelo anúncio de que vai abrir 11 novas salas de cinema até ao final do ano, distribuídas por Cascais, Loulé e Évora. A iniciativa deverá criar 40 postos de trabalho. A aposta mais importante será em Évora, “após sete anos sem exibição”. Aqui a área de cinemas da operadora de telecomunicações NOS lançará cinco novas salas, num total de 600 lugares, em Novembro. Metade dos postos de trabalho previstos será criada neste concelho.

Para além destes títulos também a Galp (0,42%); a Pharol (0,84%); e a Navigator (0,32%) fecharam no verde.

Mas a maioria dos títulos caíram. As acções da EDP (-3,51% para 2,998 euros) e da REN (-2,58% para 2,680 euros) registaram fortes quedas esta segunda-feira, a reflectir a proposta da ERSE para os preços da electricidade.

A proposta prevê para uma descida de 0,2% nas tarifas. A medida vai beneficiar os 1,2 milhões de consumidores no mercado regulado de electricidade, onde o único comercializador é a EDP Serviço Universal. Destaque também para as notas dos analistas da Haitong que revêm em baixa as recomendações para os dois títulos.  O Haitong cortou a avaliação da EDP em 20 cêntimos para 3,10 euros e decidiu cortar o preço-alvo da REN para 2,80 euros (face a 3,05 euros) e descer a recomendação da REN para “neutral”.

Lá fora, Madrid fechou em queda de 0,75%; o FTSE de Milão subiu 0,07%; o Dax alemão ficou nos 13.003,700 pontos (+0,09%); o FTSE de Londres caiu 0,11% para 7.526,970 pontos. O CAC 40 francês valorizou 0,21% num dia em que Macron disse ser favorável à expulsão de imigrantes em situação irregular.

Os índices globais fecharam flat. O EuroStoxx 50 subiu 0,05% para 3.606,270 pontos.

Em termos macroeconómicos, e para além do incontornável Orçamento de Estado no caso de Portugal, há a destacar que segundo o Eurostat, entre janeiro e agosto de 2017, Portugal registou um défice da Balança de Bens de 8,8 mil milhões de euros, o que compara com um défice de 7,0 mil milhões de euros registado no período homólogo. As exportações de bens face ao período homólogo (variação homóloga anual) aumentaram 11% neste período, tendo-se verificado um crescimento das exportações intra-UE (8%) e nas exportações extra-UE (22%). As importações de bens aumentaram 14% neste período.

O Estado-Membro em que se observou o maior excedente da Balança de Bens foi a Alemanha (164,4 mil milhões de euros), seguida da Holanda (43,8 mil milhões de euros) e Irlanda (31,7 mil milhões de euros). O Reino Unido foi o Estado-Membro onde se registou o maior défice (112,3 mil milhões de euros), seguido de França (56,1 mil milhões de euros) e Espanha (17,0 mil milhões de euros).

O petróleo está a subir, o Brent de Londres ganha 1,05% para 57,77 dólares e o petróleo no mercado dos Estados Unidos, o WTI, sobe 0,86% para 51,89 dólares.

Ao nível do mercado de bonds, os juros da dívida portuguesa a 10 anos no mercado secundário caiu 0,4 pontos base para 2,3%, ainda assim caiu menos que a Espanhola que desceu 3,5 pontos base para 1,55%. O benchmark alemão (bunds) registou uma queda dos juros de 3,1 pontos base para 0,37%. Portanto hoje o prémio de risco da dívida portuguesa não melhorou.

O euro valoriza face ao dólar 0,1% para 1,1742 dólares.

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