Cenário idêntico, resultados diferentes. Em 2015, um avião similar ao que na passada quarta-feira aterrou de emergência na praia de São João da Caparica matando duas pessoas, sofreu uma paragem de motor. Ao invés de aterrar na praia, o piloto optou por amarar.
O caso aconteceu a 30 de agosto de 2015, segundo o relatório do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA). A avioneta, com dois tripulantes, havia largado de Cascais para rebocar uma manga publicitária por cima das praias da Caparica, mas a falha do motor fez com o piloto tivesse tentado rumar à Cova do Vapor para aterrar.
“Com 35 minutos de tempo de voo, após abandonar Caxias e a cerca de 2 milhas náuticas da povoação da Cova do Vapor, a aeronave, a cerca de 600 pés de altitude, começou a dar indícios de uma anomalia associada à potência do motor”, pode ler-se no documento do GPIAA.
Face ao problema, a primeira medida foi largar a manga que rebocava, mas “dada a libertação da manga, e também a componente de vento de cauda, a aeronave ganhou velocidade terreno”, continua o relatório, que diz ainda que, “a aeronave perdeu altitude até a um ponto de não ser mais possível alcançar o terreno, tendo o piloto aos comandos tomado a decisão de amarar”.
O relatório revela ainda que “ambos os pilotos saíram da aeronave pelos seus próprios meios e foram, pouco depois, socorridos por pescadores nas proximidades”.
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