Um tribunal federal vai decidir esta quinta-feira se as cidades alemãs podem proibir a circulação de veículos muito poluentes. Uma decisão que deverá afetar sobretudo os lucros dos construtores.
A organização ambiental Deutsche Umwelthilfe (DUH) processou as cidades de Estugarda (coração da indústria automóvel) e Dusseldorf devido aos altos níveis de emissões poluentes, que não cumprem as normas em vigor na União Europeia.
Existem cerca de 15 milhões de veículos a diesel na Alemanha e de acordo com as associações ambientais, citadas pela Reuters, os níveis de partículas excedem os limites impostos pela UE em pelo menos 90 cidades.
Os tribunais locais decidiram que estas cidades proibíssem os carros a diesel que não estivessem em conformidade com as normas mais recentes nos dias de maior poluição, mas os construtores automóveis contestam esta decisão porque uma proibição definitiva poderá desencadear uma queda nos preços dos veículos em segunda mão e um aumento no custo dos contratos de locação (leasing).
Os estados alemães em causa, onde os fabricantes de automóveis e os seus fornecedores têm uma forte influência, apelaram contra estas decisões, deixando o tribunal administrativo federal da Alemanha – o tribunal de última instância para estes assuntos – decidir se essas proibições podem ser legalmente impostas a nível local.
Paris, Madrid, Cidade do México e Atenas também já anunciaram que pretendem proibir os veículos a diesel nos centros da cidade até 2025. Em Copenhaga, na Dinamarca, o presidente da câmara também já alertou que quer proibir novos carros a diesel de entrarem na cidade a partir do próximo ano. França e Reino Unido vão proibir novos carros a gasolina e a diesel até 2040, apostando nos veículos elétricos.
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