Associação de contact centers diz que falta de pessoal é principal entrave ao crescimento
A Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC) identifica a escassez de recursos humanos como o principal entrave para o crescimento do sector, que emprega mais de 80 mil pessoas, garantindo que já são sentidas dificuldades de recutamento.
Em declarações ao Jornal Económico, o secretário geral da APCC, Jorge Pires, afirma que “o maior constrangimento ao desenvolvimento do sector é a escassez de recursos humanos, sendo já grande a dificuldade de recrutamento e seleção em Lisboa e Porto”.
O sector dos contact centers em Portugal emprega 81.615 pessoas e gera um volume de negócios superior a 1.000 milhões de euros, de acordo com um estudo feito pela APCC.
Apesar dos constrangimentos, para este ano, “espera-se que o setor continue a registar significativo crescimento, quer em número de empresas, nacionais e internacionais, quer em número de recursos humanos afetos, quer em volume de negócios”, diz o secretário geral da APCC.
O estudo foi feito pela consultora KPMG e referencia a existência de 64.772 postos de atendimento, preferencialmente localizados na zona de Lisboa, que representa 69% do sector.
O Porto é a zona onde se localizam 11% dos postos de atendimento e a zona de Braga 5%.
O volume de negócio do sector ultrapassa 1,16 mil milhões de euros.
Jorge Pires diz que este estudo “dá, pela primeira vez, com rigor, uma medida do volume de negócios e número de colaboradores desta actividade”.
