A comissão liquidatária do Banco Espírito Santo (BES) acredita que existem razões para considerar a falência da instituição financeira como “culposa”, depois da perda de milhões de euros. O parecer da comissão imputa responsabilidades a 13 responsáveis do banco, incluindo toda a equipa de gestão encabeçada por Ricardo Salgado, avança o jornal ‘Correio da Manhã’.
No parecer apresentado na 1.ª Secção do Tribunal do Comércio de Lisboa, a comissão considera que “as condutas dos administradores terão gerado um prejuízo global para o BES de 5,9 mil milhões de euros”.
A comissão liquidatária fundamenta o parecer apresentado com base na venda de papel comercial da ESI e Rioforte aos balcões do BES e a concessão de financiamentos a sociedades do grupo, como a Esfil, a Rioforte e a Escom. A estas ações juntam-se outras como a ligação do BES ao BES Angola, a emissão de instrumentos financeiros e a recompra de obrigações do BES, com perdas para o banco.
As práticas pouco benéficas para o banco são imputadas a dez dos ex-membros da comissão executiva do BES: Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo, José Maria Ricciardi, Amílcar Morais Pires, António Souto, João Freixa, Joaquim Goes, Jorge Martins, Rui Silveira e Stanislas Ribes. Além disso são também mencionados os nomes de outros três responsáveis do banco: Manuel Fernando Espírito Santo, Pedro Mosqueira do Amaral e Ricardo Abecassis Espírito Santo.
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