A marca Iguaneye “Cloud”, que vai buscar inspiração ao calçado usado pelos índios na Amazónia, é o grande vencedor do 9.º Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves. Nesta edição, foram também premiados os projetos Sound Particles e WonderCover, com o segundo e terceiro lugar, respetivamente.
A Iguaneye “Cloud” é um novo conceito para proteção dos pés, produzido a partir de um material muito flexível (elastómeros) que simula o efeito de andar descalço. No interior, é incorporada uma palmilha de cortiça e couro amovível que possibilita um conforto máximo. O vencedor do primeiro prémio integra a categoria Arquitetura e Artes Visuais e já no próximo mês de novembro vai representar Portugal na maior competição internacional na área das indústrias criativas, o Creative Business Cup (Copenhaga).
O Sound Particles recebe o segundo prémio, estando integrado na categoria Conteúdos e Novos Media. É um software 3D para áudio, vocacionado para as áreas do entretenimento como cinema ou videojogos que permite a criação de milhares de sons em simultâneo e efeitos sonoros de elevada complexidade. Já é usado pelos grandes estúdios de Hollywood (Skywalker, Universal, WarnerBros, Fox, Sony, Paramount, Pinewood, ParkRoad), em filmes como Batman v Superman, Ninja Turtles 2, A Grande Muralha ou Ghostbusters (2016). O projeto Sound Particles recebeu ainda a distinção Born from Knowledge atribuída pela Agência Nacional de Inovação, durante o Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves.
Quanto ao terceiro prémio, este é também da categoria Arquitetura e Artes Visuais: WonderCover, um acessório físico para tablets associado a apps mobile. É, de acordo com os seus promotores, o primeiro acessório para dispositivos móveis que permite a utilização simultânea de um único tablet por parte de um grupo de utilizadores locais em jogos e atividades que impliquem ocultação de informação entre os intervenientes. Surge enquanto nova fórmula de jogo digital, que mimetiza e explora jogos sociais que não tinham, até à data, plena representação digital.
Para além dos vencedores, fazem parte do grupo de finalistas os projetos Night Out, City Check, Open Museum, Rádio Miúdos, Data Tailors, Birdadvisor 360º e ICE – In case of Emergency.
Este ano, o Prémio Nacional Indústrias Criativas atribuiu, pela primeira vez, três prémios pecuniários, no valor de 15, sete e três mil euros respetivamente, assim como a primeira distinção Born from Knowledge pela Agência Nacional de Inovação, um dos parceiros do concurso.
Desde a primeira edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves foram apoiados mais de 70 projetos de forma sustentada, de um total de 2072 candidaturas recebidas. No ano passado o grande vencedor foi a Noocity, uma startup dedicada ao desenvolvimento de equipamentos para agricultura urbana.
A entrega dos prémios decorreu ontem ao final do dia, durante o Super Bock CLAB – Laboratório Criativo, em Serralves, uma iniciativa da Unicer e da Fundação de Serralves, em parceria com a ADDICT, Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) BPI, ESAD, Fundação da Juventude, IAPMEI, LMS Design, Universidade Católica do Porto- Escola das Artes e Universidade do Porto.
Este ano, o programa do Laboratório Criativo incluiu ainda uma conferência com o artista digital brasileiro Muti Randolph, reconhecido pela criação de cenários, instalações e projetos de arquitetura que aliam o desenho, o som, a luz e a tecnologia – são exemplos o espaço interativo da Nike nos Jogos Olímpicos Rio 2016 ou o “Olho no Olho” no Museu Óscar Niemeyer. Seguiu-se o debate sobre “Os ecossistemas criativos” com Factorial Cultural (Espanha), Porto Design Factory, Portugal Ventures e dois finalistas de edições anteriores do Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves: Bio Boards e FAHR 021.3.
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