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Carlos Brandão deixa presidência do Bankinter

O presidente executivo da sucursal portuguesa do banco espanhol abandonou o cargo e vai “abraçar novos projetos”.
9 Julho 2017, 21h00

Pouco mais de um ano depois de o Bankinter ter oficializado a compra do negócio de retalho do Barclays Portugal, por 86 milhões de euros, regista-se a primeira saída. O presidente executivo do Bankinter em Portugal, Carlos Brandão, deixou há cerca de um mês a presidência do banco, soube o Jornal Económico. O antigo responsável abandonou a liderança da filial portuguesa por opção própria e vai dedicar-se a outras iniciativas profissionais.
Questionado sobre o anúncio da saída, Carlos Brandão confirmou ao Jornal Económico que irá “abraçar novos projetos profissionais”, mas não adiantou pormenores sobre os próximos planos de carreira.

O diretor geral da banca comercial do Bankinter, Fernando Moreno, é o novo responsável, por tempo indeterminado. A instituição financeira espanhola optou por uma solução interina através de um membro do comité diretivo e, assim que for tomada uma decisão final sobre o novo dirigente, o banco irá transmitir publicamente a solução encontrada.
O antigo country manager do Barclays Portugal é o mais recente dirigente a juntar-se ao entra e sai do setor bancário português, após Fernando Ulrich ter deixado a presidência do BPI, no passado mês de abril. Apesar de Carlos Brandão ter posto fim às funções no banco, uma fonte oficial garante que a aposta da instituição em Portugal mantém-se, bem como os restantes membros da administração.

“Queremos manter o nível de produção em crédito habitação que temos atualmente e temos disponibilidade para crescer na concessão de crédito às empresas. Vamos lançar novas soluções para os clientes em 2017 e continuaremos a investir em tecnologia para servir ainda melhor os nossos clientes”, afirmou o agora ex-CEO, aquando do balanço do primeiro aniversário em território nacional.

O ano tem sido marcado pelo reforço da presença do Bankinter nas empresas e pela grande aposta no crédito à habitação, para a qual encetou uma forte campanha nacional. Em maio, o banco anunciou o início de atividade em Portugal da sua filial de crédito ao consumo, o Bankinter Consumer Finance.

Entre janeiro e março, o Bankinter teve um lucro de 124,4 milhões de euros, o que significa um aumento de 18,7% em relação ao mesmo período de 2016, impulsionado pelos resultados obtidos na operação que tem em Portugal. Os ativos totais do grupo, incluindo o negócio no nosso país, eram de 69.596 milhões de euros no final do primeiro trimestre, um acréscimo de 13% comparativamente aos resultados do ano anterior.

Artigo publicado na edição digital do Jornal Económico. Assine aqui para ter acesso aos nossos conteúdos em primeira mão.

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