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Casal Santa Maria: Os barões que trocaram a alta finança na Suíça pelas vinhas de Colares

Descobriu Portugal aos 60 anos. Apostou na produção de vinhos em Colares aos 96 anos, após uma cirurgia complicada. Plantou cinco mil pés de rosas, criou a maior coudelaria de cavalos árabes em Portugal e deixou o legado do Casal Santa Maria. A obra do barão Bodo von Bruemmer vai agora ser seguida pelo seu neto Nicholas, que também abandonou a alta finança na Suíça para produzir vinhos no nosso país. O novo homem forte do Casal Santa Maria explica os projetos para o futuro.
28 Julho 2018, 13h56

Nasceu na Curlândia, atual Letónia Ocidental, então pertencente à Rússia czarista. Passou por duas guerras mundiais, venceu um cancro. O barão Bodo von Bruemmer correu a Europa toda, conheceu meio mundo (talvez mais) da alta finança mundial. No entanto, só aos 60 anos encontrou um país que considerasse seu: Portugal. De tal forma que aos 96 anos, depois de acordar de uma cirurgia pouco simpática, assumiu uma epifania e decidiu ser viticultor no nosso país. Investiu no Casal Santa Maria, uma vinha e uma casa produtora da região de Lisboa, abrangida pela distinta região de Colares.

Nesta quinta do século XVIII, por si descoberta em 1963, funciona hoje a vinha mais ocidental da Europa, pela qual se apaixonou. Depois de ter saído da Prússia natal, de ter vivido em diversos países e de se ter dedicado à alta finança na Suíça, o barão Bodo von Bruemmer chegou a Colares e fez do Casal Santa Maria mais um ponto incontornável do grande conjunto de argumentos cinematográficos que foi (e poderia ter sido) a sua longa e preenchida vida. Ali, ao pé de Sintra, plantou mais de cinco mil pés de rosas, de várias cores e perfumes, que serviram de inspiração ao que mais adiante verão. Com a mulher, Rosário, estabeleceram a maior coudelaria de cavalos árabes em Portugal. Só mais tarde veio a paixão pelos vinhos portugueses.

 

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