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Catalunha: presidente da Associação de Bancos admite que crise pode afetar Portugal

Faria de Oliveira diz que “qualquer crise [ds Espanha] afetará a economia [portuguesa]”.
Cristina Bernardo
4 Outubro 2017, 19h14

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Faria de Oliveira, admitiu hoje que uma crise na Catalunha terá impactos na economia portuguesa, tendo em conta a ligação próxima entre as economias, incluindo no setor bancário.

“Espero que um problema fundamentalmente de Espanha seja resolvido da melhor maneira possível, qualquer crise afetará a economia e só podemos desejar que não aconteça”, disse Faria de Oliveira à Lusa, à margem de uma conferência da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em Lisboa, evitando falar diretamente do banco BPI, que desde início do ano é controlado pelo grupo bancário catalão CaixaBank.

Em julho, na apresentação dos resultados do primeiro semestre, o presidente do BPI, Pablo Forero, não se quis pronunciar sobre o impacto no CaixaBank e, logo, no BPI, da situação da Catalunha.

O governo regional da Catalunha (Generalitat) realizou no domingo um referendo sobre a independência da região, em que votaram 42% dos 5,3 milhões de eleitores, 90% dos quais votaram a favor da independência.

A consulta popular foi convocada pela Generalitat, dominada pelos separatistas, tendo o Estado espanhol, nomeadamente o Tribunal Constitucional, declarado que a consulta era ilegal.

A votação de domingo foi marcada pela intervenção da polícia espanhola, que tentou encerrar alguns centros eleitorais, uma ação que teve momentos de grande violência que passaram nas televisões de todo o mundo.

O chefe do Governo catalão, Carles Puigdemont, vai nos próximos dias levar os resultados da consulta ao parlamento regional para decidir se declara a independência da região, que é uma das 17 comunidades autónomas espanholas.

 

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