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Cavaco diz que Sócrates interferiu em negociações da Caixa

O antigo Presidente da República refere, no último livro que lançou, que José Sócrates pediu ao banco público que desse uma garantia “a uma certa empresa” na concessão da autoestrada de Trás-os-Montes.
21 Fevereiro 2017, 09h19

O novo livro de Aníbal Cavaco Silva não poupa nas críticas a José Sócrates e revelações sobre o seu modo de governar. Nas quase 600 páginas de “Quinta-feira e Outros Dias”, mais de 300 são dedicadas ao pedido do ex-primeiro-ministro à Caixa Geral de Depósitos para conceder garantia “a uma certa empresa”, cujo nome não é revelado.

“Quando, seguidamente me contou que o Governo tinha pedido à Caixa Geral de Depósitos para que concedesse uma garantia de avultado montante para que uma certa empresa pudesse concorrer à concessão da autoestrada transmontana, percebi que não tinha tido sucesso no meu esforço didáctico sobre a afectaçãode recursos em tempo de escassez de crédito”, escreve o antigo Presidente da República. De acordo com o autor, José Sócrates afirmou que fez um pedido à Caixa Gera de Depósitos para dar garantias “de avultado montante” a essa tal firma.

Na semana passada, no discurso de lançamento do seu livro “Quinta-feira e Outros Dias”, Aníbal Cavaco Silva começa a salientar que “sempre prestei contas dos cargos públicos que exerci”, para explicar que este livro é uma prestação de contas aos portugueses.

O ex-Presidente da República refere que no livro dá “o testemunho de partes importantes na minha magistratura para que os portugueses possam fazer o seu juízo informado e esclarecido sob a forma como exerci os meus dois mandatos enquanto Presidente da República”.

Cavaco Silva no Centro Cultural de Belém disse que este livro é essencial para compreender “o tempo complexo e conturbado nos 10 anos em que exerci as funções [de Chefe de Estado

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