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CEiiA prestes a colocar plataforma Ayr nos Estados Unidos

Plataforma Ayr funciona com base numa app e serve para quantificar e valorizar as ações que os utilizadores empreendam no sentido de evitar emissões de CO2.
10 Maio 2019, 19h52

O CEiiA (Centro de Excelência e Inovação para a Indústria Automóvel) está a desenvolver aquilo a que chamou plataforma Ayr, a primeira plataforma de quantificação, valorização e trasação de emissões evitadas de CO2 – e, para além de estar prestes a ser colocada à disposição dos utilizadores em Matosinhos e Cascais, poderá em breve ser adotada por uma cidade norte-americana.

A plataforma foi apresentada sexta-feira de manhã – 10 de maio -, em Matosinhos e será novamente alvo de outra apresentação na próxima semana no seminário sobre ‘smart cities’ que decorre todos os anos em Nova Iorque, Estados Unidos – altura em que os responsáveis do centro português tentarão fechar as negociações com o ‘mayor’ da cidade, cujo nome não foi revelado.

A plataforma é uma app desenvolvida pelo CEiiA que contabiliza e quantifica as ações que o utilizador empreende para poupar a emissão de CO2. A essa poupança corresponde à contabilização de um valor (em ‘moeda’ Ayr), que, depois de agregado a um ‘mealheiro’ pode ser usada, por exemplo, para pagar serviços de empresas que tenham aderido à plataforma.

O sistema foi primeiramente testado em Matosinhos e em Cascais – daí serem as duas cidades que passarão a contar com a possibilidade do uso da app por parte dos seus munícipes (a partir de junho), e está aberto à entrada de novas empresas.

Está inclusivamente aberto à criação de novos negócios, como salientou Pedro Gaspar, um dos elementos envolvidos na criação e desenvolvimento da plataforma. “É um pouco como o facebook”, disse, ou outra rede social qualquer: são veículos que permitem a criação de negócios, e é isso que o CEiiA espera que venha a suceder com a sua aplicação.

Um dos problemas que se colocam com este tipo de plataformas – cujo dinheiro é criado sob tecnologia blockchain – é a possibilidade do seu uso especulativo. “Estamos a fazer tudo para impedir isso”, disse Pedro Gaspar ao JE.

Na prática, ao adotarem modos de mobilidade sustentáveis, por exemplo uma bicicleta elétrica em detrimento do automóvel, os utilizadores estão a evitar emissões de CO2. Esse evitar de emissão é quantificável e valorizável em créditos (token Ayr) através da plataforma, sendo armazenados numa carteira digital. Os Ayr podem assim ser transacionados por bens e serviços verdes, quando aderentes à plataforma.

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