A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está em fase avançada no processo de venda de dois portefólios de crédito malparado que somam cerca de 1.000 milhões de euros, soube o Jornal Económico. Na corrida estão a Bain Capital, e mais três fundos, revelou a mesma fonte.
Esta operação faz parte de um programa de redução de operações não rentabilizadas (non performing exposure, NPE) que a CGD tem vindo a levar a cabo.
Contactada fonte oficial não quis fazer comentários.
A venda de duas carteiras de malparado já tinha sido anunciada pelo CFO da CGD aos analistas.
“Estamos a vender dois portefólios de crédito malparado”, anunciou José Brito, administrador financeiro da CGD, na conference call com analistas após a divulgação dos resultados trimestrais, segundo noticou, na altura, o jornal Eco.
Apesar de não avançar um valor para estas alienações, a CGD deixa uma garantia: as vendas “vão, sem dúvida, ter impacto nos próximos trimestres”.
No fim do ano passado foi noticiado que a CGD escolheu a KPMG para a assessorar na venda de 1.800 milhões em crédito hipotecário, empresarial e imobiliário, numa operação prevista para ocorrer entre o ano passado e o final de 2018.
Em julho de 2017 a Caixa anunciou que vendeu 476 milhões de euros em crédito malparado ao fundo de private equity Bain Capital Credit. Mas, segundo revelou na altura em conferência de imprensa Paulo Macedo, tratou-se de créditos pequenos que estavam em litígio. “Não há nesta venda nenhum dos créditos às empresas que provocaram elevadas imparidades”, assegurou o CEO da CGD.
Nesta operação estão em causa, sobretudo, “empréstimos imobiliários bilaterais garantidos contraídos por pequenas e médias empresas e algumas grandes empresas”, disse ainda na altura Paulo Macedo.
(Correção as 12h19 com a retirada das referências à Orion Capital e o Bank of América)
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