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Descriminalização da corrupção não avança na Roménia

Depois de milhares de pessoas terem saído às ruas na Roménia, o Governo decidiu voltar atrás e abolir a lei que descriminalizava atos de corrupção.
Roménia
4 Fevereiro 2017, 21h24

A notícia foi avançada pelo primeiro-ministro romeno. A lei que previa a descriminalização de alguns atos de corrupção não vai ser aplicado. O governo da Roménia recuou na intenção depois de milhares de pessoas se terem manifestado nas ruas contra a esta lei.

Numa declaração transmitida este sábado pela televisão estatal, Sorin Grindeanu afirmou: “Vamos fazer uma reunião extraordinária este domingo para abolir o decreto, retirá-lo, cancelá-lo… percebem, e encontrar uma forma legal que permita ter a certeza de que não terá quaisquer efeitos”.

As manifestações já tinham levado à demissão do ministro Florin Jianu. O ministro do Comércio abandonou o governo na quinta-feira por razões “éticas”, afirmando que o fazia pelo seu filho. “Vou dizer-lhe que o seu pai foi um cobarde e e apoiou ações nas quais não acredita, ou que escolheu ficar de um lado da história que não era o dele?”

O decreto, que previa o desagravamento de penas para criminosos condenados por corrupção teve repercussões não só a nível interno como externo. O presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Junker manifestou-se muito preocupado com esta decisão do governo romeno, afirmando que se tratava de um recuo na luta contra a corrupção na Roménia.

Desde a semana passada que em Bucareste milhares de pessoas saem à rua a pedir a demissão do governo social-democrata eleito há pouco mais de um mês.

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