Um estudo da Universidade do Minho revela que os números de poupança em Portugal estão entre os mais baixos a nível mundial e que quem viveu acima das possibilidade foram sobretudo o Estado e as empresas. Este problema “sério” esteve, segundo o estudo, na génese do resgate da troika, uma vez que os poucos lucros que os empresários portugueses retiram das empresas, “não os mantêm lá e não os investem”, ficando à espera de crédito alheio.
“As empresas portuguesas estão no grupo das mais endividadas do mundo (as terceiras com mais passivo na OCDE), ao contrário das famílias que apesar de muito endividadas não estão tanto, em percentagem do PIB, como em muitos outros países”, explica Fernando Alexandre, um dos autores do estudo, à TSF.
O trabalho de investigação, que resultou no livro “A poupança e o financiamento da economia portuguesa”, que será apresentado esta terça-feira, mostra ainda desde 2009, as famílias portuguesas conseguiram 200 milhões de euros por mês. A impulsionar a poupança estive uma descida significativas das taxas de juro que permitiram às famílias uma redução significativa das prestações da habitação.
Ainda assim, as famílias portuguesas são as que menos poupam na Europa e que os níveis atuais de poupança estão em mínimos históricos. Fernando Alexandre, que as famílias têm procurado manter uma certa qualidade de vida e investir o seu rendimento, por exemplo, na educação dos filhos.
Entre os que mais poupam estão as pessoas de idade mais avançadas e de quem aufere mais rendimentos ao final do mês.
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