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Endividamento e banca “frágil”: S&P aponta ‘pecados’ da economia portuguesa

Agência de notação determina que a economia portuguesa deverá continuar a recuperar, ainda que de forma moderada. O que pode o nosso país fazer para que o rating não seja penalizado?
24 Abril 2017, 14h51

A S&P divulgou hoje um relatório no qual avalia as economias de Espanha, Portugal e Grécia, quase uma década após o eclodir da crise, tendo em conta que estes países foram dos mais afetados.

Portugal e Espanha, refere no documento, fizeram importantes ajustamentos externos, conseguindo mesmo excedentes que comparam com “insustentáveis défices externos que ambos [os países] tinham antes de 2008”.

A S&P destaca ainda a melhoria das exportações, tanto de Portugal como de Espanha, nomeadamente graças ao serviço do turismo, considerando que continuarão a beneficiar de um euro mais fraco.

Apesar destas semelhanças, a agência vê diferenças consideráveis entre os dois países da Península Ibérica, destacando que Espanha lidera a recuperação, com maior crescimento de emprego, consumo e exportações, pelo que admite melhorar para positivo o ‘outlook’ (perspetiva) do ‘rating’ do país, atualmente em BBB+ (dentro de nível de investimento).

Já sobre Portugal, é dito que “avança mais lentamente do que Espanha”, mas que “deve manter-se no caminho da recuperação moderada”.

Quanto ao ‘rating’ de Portugal, a S&P diz que este continua “constrangido pela elevada dívida pública e privada” e por um “sistema bancário que permanece frágil”, o que dificulta a transmissão da política monetária e o estímulo ao investimento.

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