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Estado português apoia investimento de 20,5 milhões da ex-Quimonda em Vila do Conde

Anteriormente denominada Nanium, e antes disso Quimonda, a ATEP-AMKOR Technology Portugal tem sede no concelho de Vila do Conde.
2 Fevereiro 2018, 14h18

O Estado português vai atribuir incentivos financeiros a um investimento de 20,5 milhões de euros da ATEP-AMKOR Technology, antiga Nanium (ex-Quimonda), que prevê criar 102 empregos em Vila do Conde e gerar exportações de 23 milhões de euros.

“O projecto induz a criação de 102 postos de trabalho directos e permanentes, 30 dos quais correspondem a postos de trabalho altamente qualificados”, prevendo-se “o alcance, no ano de 2026, de um volume de negócios de cerca de 580 milhões de euros e de um Valor Acrescentado Bruto de cerca de 335,1 milhões de euros, ambos em valores acumulados desde 01 de Outubro de 2015”, lê-se no despacho, publicado em Diário da República.

O despacho aprova a minuta do contrato de investimento a celebrar pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e a AMKOR Technology, INC., AMKOR Technology Holding B.V. e ATEP-AMKOR Technology Portugal.

Nos termos do despacho n.º 1196/2018, o projecto “tem um efeito de arrastamento em actividades a montante e a jusante, induzindo o aumento do volume de negócios dos fornecedores nacionais de matérias-primas e serviços da ATEP-AMKOR Technology Portugal e contribuindo para uma significativa criação líquida de emprego”.

Orçado em 20,5 milhões de euros, “visa o aumento da capacidade de produção da empresa para fornecer ‘Advanced Wafer Level Packaging’ ao mercado da ‘Internet of Things'”, prevendo-se que permita “um crescimento das exportações entre 2014 (ano pré-projecto) e 2018 (ano pós-projecto) de 23 milhões de euros, correspondente a um aumento do valor das exportações de 28 para 51 milhões de euros”.

No texto do despacho, assinado pelo ministro da Economia, Caldeira Cabral, e pelo secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, é destacado o “elevado grau de inovação” que o projecto representa para o portfólio da ATEP-AMKOR Technology Portugal e para o sector e mercado onde atua, “dotando a empresa de soluções de ‘Wafer Level Packaging’ que apresentam características inovadoras a nível internacional”.

Entre estas novas soluções estão “‘Packages’ com linhas de metalização abaixo dos 10 (mi)m, valor inferior ao que é actualmente produzido; ‘Packages’ com elevada integração tanto em 2D como em 3D, podendo incluir mais de 50 componentes com diferentes origens e características; e ‘Wafers’ reconstruídas com espessura inferior a 200 (mi)m, na vanguarda do que é o estado da arte da indústria de semicondutores”.

“Com o aumento da capacidade produtiva e respectivo incremento no volume de negócios, a ATEP-AMKOR Technology Portugal prevê um crescimento do volume de compras e FSE [Fornecimentos e Serviços Externos] na ordem do 65%, o que irá criar oportunidades para as empresas nacionais, nomeadamente, para as PME que atuam na Região Norte”, lê-se no despacho.

Segundo sustenta, “estando a ATEP-AMKOR Technology Portugal direccionada para os mercados internacionais”, a capacidade competitiva adquirida com este investimento “permitir-lhe-á progredir na cadeia de valor do sector em que atua, reforçar a sua posição a nível internacional e aumentar o seu volume de negócios e valor acrescentado”.

Anteriormente denominada Nanium, e antes disso Quimonda, a ATEP-AMKOR Technology Portugal tem sede no concelho de Vila do Conde e dedica-se ao fornecimento de serviços de desenvolvimento, manufactura, teste e engenharia para a indústria de semicondutores, operando, nomeadamente, nas áreas de ‘Wafer Level Packaging’ e de montagem de ‘packages’ com substrato laminado e/ou ‘leadframe’ metálico.

O “impacto macroeconómico” do projecto e o “interesse estratégico para a economia nacional e para a região onde se localiza” tinha já justificado a obtenção, em 23 de junho de 2016, da pré-vinculação da Comissão Diretiva da Autoridade de Gestão do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) quanto ao incentivo máximo a conceder ao projecto, sendo agora aprovada a minuta do respectivo contrato de investimento.

 

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