Nos primeiros sete meses do ano, as balanças corrente e de capital apresentaram um saldo positivo de 280 milhões de euros, depois de um excedente de 1058 milhões de euros no mesmo período de 2016. Esta redução homóloga de 74% do saldo externo do país foi revelada hoje pelo Banco de Portugal, que justifica esta evolução com o comportamento das balanças de bens, de rendimento primário e de capital.
O excedente da balança de serviços, em 1026 milhões de euros, foi “insuficiente para compensar o incremento do défice da balança de bens de 1685 milhões de euros”, refere uma nota do banco central. Assim, a balança de bens e serviços até julho registou um excedente de 1596 milhões de euros, menos 659 milhões de euros do que no período homólogo.
A diminuição da balança de bens e serviços ocorre mesmo com um bom desempenho da rubrica “Viagens e turismo”. O excedente aumentou 1010 milhões de euros, fixando-se em 5396 milhões de euros. No mês de julho, o saldo desta rubrica foi de 1443 milhões de euros.
Já o défice da balança de rendimento primário cresceu 345 milhões de euros, situando-se em 3299 milhões de euros. “Esta evolução deveu-se, sobretudo, à redução de subsídios recebidos da União Europeia e ao aumento do défice da balança de rendimentos de investimento”, explica o BdP.
O comunicado do banco central refere ainda que, nos primeiros sete meses de 2017, o saldo da balança financeira registou um acréscimo dos ativos líquidos de Portugal sobre o exterior no valor de 907 milhões de euros. “Este aumento traduziu-se, essencialmente, no investimento em títulos de dívida por parte do setor financeiro e na redução do passivo das administrações públicas”.
Destaca-se, em julho, o reembolso antecipado ao FMI de 1,7 mil milhões de euros, relativo ao empréstimo no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira.
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