A Fitch reafirmou esta quarta-feira o rating de longo prazo da REN – Redes Energéticas Nacionais em BBB (o primeiro grau de investimento), bem como a perspetiva em ‘estável’. A agência de notação financeira justifica que a atividade da energética é de baixo risco dada a falta de concorrência em Portugal.
“A reafirmação refleta o baixo perfil de risco do negócio da REN enquanto operador de sistema de transmissão único para a gás e eletricidade e o segundo maior distribuidor de gás, em Portugal, num contexto regulatório de apoio”, refere o relatório da Fitch.
Sobre a regulação, a Fitch sublinha os benefícios da diminuição da tendência de regulação da base de ativos devido a investimentos domésticos limitados, alavancagem mais elevada e uma política de dividendo mais generosas que os pares europeus. A agência antecipa ainda que o quadro regulatório se mantenha estável até 2021.
A REN teve, em 2017, lucros de 125,9 milhões de euros, mais 25,7% do que os obtidos em 2016, em parte devido à descida do custo médio da dívida (2,5%, versus 3,2% em 2016).
A dívida líquida da REN ascendeu, no final de 2017, a 2.756,2 milhões de euros, mais 11,2% face a 2016, o que justifica com a aquisição da chilena Electrogas e da Portgás. Sobre o futuro da empresa liderada por Rodrigo Costa, a Fitch antecipa uma redução da dívida.
“Esperamos que atualização do plano estratégia [da REN] em maio apoie a redução da alavancagem líquida ajustada aos recursos de operações (FFO) em direção à diretriz negativa de 6,5x (7,1x no final de 2017) e mantenha uma proteção sólida na diretriz negativa de 75% dívida líquida”, acrescentou a agência.
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