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Francesa Engie e italiana Enel interessadas na EDP

A notícia é avançada esta segunda-feira pela rádio francesa BFM Business, que cita fontes dos grupos energéticos internacionais. As ações da empresa portuguesa arrancaram a sessão bolsista de hoje com um disparo de 6,28%.
António Cotrim/Lusa
9 Abril 2018, 09h04

A empresa francesa Engie estará, há algumas semanas, a ponderar avançar para a compra da EDP – Energias de Portugal, de acordo com a notícia avançada esta segunda-feira, 9 de abril, pela rádio francesa da BFM Business. Fontes próximas do segundo maior grupo energético francês terão adiantado o interesse na energética liderada por António Mexia.

“A Engie conhece bem este grupo português. A compra já havia sido estudada duas vezes, no passado. No início de 2007, as discussões foram curtas. Depois, em 2013, quando o Estado português, durante a crise financeira, vendeu as suas ações”, refere a rádio francesa sobre o potencial negócio.

O grupo italiano Enel também quererá comprar a empresa nacional, avaliada em mais de 11 mil milhões de euros, segundo a mesma fonte.

A BFM Business refere que o plano de aquisição foi estudado de perto pela administração financeira da Engie, no entanto, nenhuma decisão será tomada antes da posse do novo presidente do grupo francês, Jean-Pierre Clamadieu, que acontece a 18 de maio. Atualmente, o grupo é liderado por Isabelle Kocher.

Depois de a intenção destas empresas europeias ter vindo a público, as ações da EDP disparam 6,28%. Neste momento, os títulos sobem 5,22%, para 3,2480 euros. A negociar no ‘verde’ está também a Enel (0,36%, para 5,06 euros). Por outro lado, a Engie perde 0,28%, para 14,01 euros.

Na passada quinta-feira, António Mexia foi reconduzido na liderança da EDP para o próximo triénio, período em que deverão ser conhecidos desenvolvimentos no processo que investiga a introdução dos CMEC, e decisões em litígios com o Estado português. O ponto nove da ordem de trabalhos da assembleia-geral de acionistas relativo à eleição dos membros do Conselho de Administração Executivo foi aprovado por 99,70% do capital representado (70% do total).

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