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‘Frexit’ ainda não aconteceu mas já tem fatura anual: 30 mil milhões de euros

Governador do Banco de França estima que uma possível saída da França da UE e do euro pode aumentar os encargos da dívida em 30 mil milhões de euros por ano.
14 Fevereiro 2017, 19h20

A possível saída da França da União Europeia e do euro já é conhecida como “Frexit” e governador do Banco de França, François Villeroy, já advertiu para as consequências.

Marine Le Pen, candidata à presidência pela Frente Nacional defende a saída da UE mas o resultado pode ser bastante negativo para a economia francesa. Villeroy acredita que os custos de financiamento da dívida pública francesa podem aumentar em 30 mil milhões de euros por ano, sob a forma de juros adicionais se a França escolher deixar o euro.

Em entrevista à estação de rádio France Inter, o governador do Banco de França defendeu a permanência do país na zona do euro, argumentando que todos os franceses sentiram uma melhoria de vida desde que o euro foi adotado. “O euro é uma moeda que guarda o seu valor, e é por isso que o euro inspira confiança”.

Pode não parecer muito mas François Villeroy disse que esses 30 mil milhões de euros que a França pode perder todos os anos corresponde ao budget anual da defesa nacional da França. Se Le Pen conseguir o Frexit, “todos os franceses iriam sentir a diferença”.

O governador do Banco da França disse que “o euro é uma arma de competição internacional” e que é fundamental não voltar para a moeda nacional, uma moeda de menos valor e mais cara.

As taxas de juros caíram 1,5% desde que a França tomou a moeda única.

Villeroy aproveitou para relembrar que antes da assinatura do Tratado de Maastricht, em 1992, a inflação anual no país atingiu 5% a cada ano, contra os 2% atuais.

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