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Fundos lesados das obrigações do BES não foram à emissão da CGD porque “Portugal é de risco elevado”

“Decidimos, cada um de forma independente, que os riscos associados ao investimento na dívida bancária portuguesa são proibitivos”, diz a Attestor Capital, BlackRock, CQS and PIMCO. Estes investidores institucionais admitem voltar ao mercado português de dívida bancária se forem ressarcidos no âmbito de um acordo com o BdP.
Eduardo Munoz/Reuters
21 Junho 2018, 23h57

No âmbito da emissão anunciada pela Caixa Geral de Depósitos, o Grupo de fundos que eram os titulares das cinco séries de obrigações do Novo Banco/BES que foram reenviadas para o banco mau numa operação de bail-in em dezembro de 2005, voltam a manifestar uma posição conjunta de recusa em investir em títulos de dívida de bancos portugueses.

As casas de investimento que compõem o Novo Note Group –  Attestor Capital, BlackRock, CQS and PIMCO – enviaram um comunicado onde dizem que “cada um de nós não estará a participar nesta emissão [de obrigações Tier 2 da CGD]”. O banco do Estado, tal como avançado em primeira-mão pelo Jornal Económico, fechou hoje a colocação de 500 milhões de euros de obrigações Tier 2 (subordinadas) com um juro de 5,75%. Abaixo da emissão de Additional Tier 1  em 2017 cujos juros foram 10,75%.

“Decidimos, cada um de forma independente, que os riscos associados ao investimento na dívida bancária portuguesa são proibitivos”.

“Uma vez que o Banco de Portugal ainda não resolveu o problema da transferência ilegal e discriminatória de títulos do Novo Banco para o Banco Espírito Santo em 2015 e dado que  o banco estatal é altamente dependente do apoio de investidores estrangeiros, estamos dispostos a resolver rapidamente a situação e a restabelecer Portugal como um destino credível para o investimento internacional”, isto se os fundos lesados foram ressarcidos das perdas que lhes foram imputadas por essa transmissão de obrigações para o BES mau coma forma de capitalização do BES.

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