Caravela, Zurich, Vitória e Allianz estão na corrida à compra da Generali, soube o Jornal Económico junto de fonte ligada ao processo.
O Grupo Generali contratou o Barcalys Bank como assessor financeiro na venda. Sendo por isso este o banco que está a receber as propostas não vinculativas até ao fim de outubro.
Depois serão assinados os acordos de confidencialidade para acesso às contas.
Em novembro do ano passado foi anunciado que a Generali ia sair de mais de uma dezena de mercados mais maduros onde está presente, tendo posto à venda as subsidiárias em 13 a 15 países, nomeadamente França. Tal como o Jornal Económico avançou em primeira-mão, Portugal foi incorporado na lista de desinvestimentos.
A companhia de seguros liderada por José Araújo Alves (Chairman) e por Santi Cianci (CEO), apresentava em 2016, uma produção não vida de 130 milhões de euros e no ramo vida 61,9 milhões de euros (-7% face a 2015).
A Caravela contatada pelo Jornal Económico admitiu o interesse na companhia italiana em Portugal. Mas recusou-se a avançar com mais detalhes.
É uma companhia apetecível dada a performance financeira e a dimensão. Não sendo portanto de estranhar o elevado leque de interessados que deverão avançar com non binding offers até à próxima terça-feira dia 31.
A Allianz é das companhias que está compradora em Portugal, tal como admitiu em entrevista ao Jornal Económico a sua presidente Teresa Brantuas. “O que pode levar a Allianz a adquirir alguma companhia em Portugal é o facto de querer crescer e porque o grupo Allianz continua a querer investir em Portugal. O nosso objetivo é de expansão”, disse então Teresa Brantuas.
A seguradora Generali, liderada por Santi Cianci, CEO, passou a actuar em Portugal através de uma companhia de direito local para o ramo não vida, em 2015, em vez da sucursal através da qual operava desde 1942. O grupo italiano justificou na altura esta mudança com o reforço da “sua presença em Portugal”. O grupo segurador em Portugal, conta com mais de 350 colaboradores e 1.300 agentes. No ramo de segurador, conta com uma quota de mercado de 3,45%.
O Grupo Generali Portugal está em Portugal desde 1942, mas só em 2015 passou se dá a mudança de registo de Sucursal da Assicurazioni Generali, para sociedade anónima, passando a operar em Portugal como empresa de direito Português. Em 1990 foi criada a Companhia do Ramo Vida em Portugal com a denominação de Generali Vida. E em 1997 compra a companhia de Seguros Vitalício em Portugal.
O Grupo Generali está entre as seguradoras mais importantes do mundo, com uma receita total de prémios superior a 74 mil milhões em 2015. Com mais de 76.000 colaboradores em todo o mundo, presente em mais de 60 países, o grupo ocupa uma posição de liderança nos mercados da Europa Ocidental e tem uma presença importante na Europa Oriental e na Ásia Central.
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