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Haitong prevê que área do cimento continue fraca na Semapa

“Portugal deverá ter outro trimestre relativamente fraco, uma vez que a procura de cimento continua a estar sob pressão em Portugal, mas principalmente no mercado das exportações”, refere o Haitong Bank.
13 Fevereiro 2017, 20h14

A Semapa deverá divulgar os resultados do quarto trimestre de 2016 a 15 de fevereiro, após fecho do mercado, mas o Haitong antevê já os factores que vão intervir nos resultados.

Os resultados do Navigator já estão publicados, por isso o Haitong Bank está agora apenas a olhar para o que aconteceu no cimento e para a evolução do free cash flow fora da Navigator.

“Portugal deverá ter outro trimestre relativamente fraco, uma vez que a procura de cimento continua a estar sob pressão, mas principalmente no mercado das exportações”, refere o Haitong Bank sobre o mercado do cimento.

“Esperamos que o bom desempenho do mercado do Líbano continue ao mesmo nível do ano passado. No Brasil, a nova capacidade deve ser suficiente para permitir o crescimento do EBITDA da área do cimento, porém o ambiente de mercado continua desafiador no país, já que a utilização da capacidade está ainda em níveis baixos, o que não permite que os preços aumentem”, diz a nota.

O Haitong espera ainda que as D&A (valor das depreciações e amortizações) aumentem embora a maior parte destas venham da Navigator e que os impostos sejam negativos devido a várias reversões de provisões fiscais feitas pela Navigator. “Em termos de fluxo de caixa, esperamos ver a dívida líquida diminuir de 1,84 mil milhões de euros nos primeiros nove meses de 2016 para 1,76 mil milhões, graças à forte geração de fluxo de caixa da Navigator. Não esperamos grandes variações na dívida líquida da holding ou da unidade de cimento”, diz o banco.

“Em suma, nos níveis actuais, o desconto implícito pelo facto de a Semapa ser uma holding é de 18%, o que está em linha com os seus valores históricos”. Este desconto de tem em conta a avaliação negativa do negócio de cimento, na opinião do Haitong. “A nossa avaliação do cimento está em cerca de 10X EBITDA estimado para 2016 (por se tratar de vários mercados que atravessam um momento mau do ciclo, nomeadamente Portugal e Brasil)”.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma.

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