Foi com um projecto na área da Bioeconomia, intitulado “Halobactérias: uma bomba anti-sal”, que Catarina Barata, Maria João Lopes e Raquel Silva se destacaram na XI Mostra Nacional de Ciência e alcançaram a oportunidade de representar Portugal nesta edição da Intel ISEF.
Como explicam os autores do projecto, “para perceber a influência das halobactérias na germinação da alface foi realizada uma primeira fase de forma a descobrir qual o efeito da salinidade na germinação das mesmas, utilizando soluções salinas com o controlo de água destilada”.
Na categoria de Física é Ivo Gonçalves e Helena Silva que compõem a equipa que colocará em competição um projecto baseado no estudo da evolução de galáxias com formação estelar ao longo de 10 mil milhões de anos.
O projecto desenvolvido pelos jovens da Escola Secundária Dona Maria II, em Braga, baseia-se num estudo evolucionário de vários parâmetros físicos de uma amostra de 443 galáxias, recuando mais de 10 mil milhões de anos na história do Universo, muito próximo da altura do Big Bang, e de uma amostra de 300 galáxias, recuando cerca de mil milhões de anos atrás.
Com dois projectos na categoria de Ciências do Ambiente, Portugal estará representado por Afonso Mota, Bernardo Alves e João Leal do Colégio Valsassina, em Lisboa e Eduardo Nogueira, Francisca Martins e Gabriel Silva do Colégio Luso-Francês, no Porto.
O primeiro baseia-se num estudo que avalia os níveis de mercúrio de uma população de jovens portugueses entre os 12 e os 18 anos, através da análise dos níveis deste elemento no cabelo humano.
Já o projecto desenvolvido pelos jovens cientistas do Porto, consiste num fungicida natural à base de extractos de algas da costa portuguesa que segundo os autores “se mostra eficaz no combate a Phytophthora cinnamomi, um oomiceta que não reage a qualquer fungicida comercialmente disponível e que se encontra incluído na lista dos 100 fitopatogénicos exóticos invasores mais prejudiciais a nível mundial”.
Os 11 jovens portugueses competem assim por mais de 4 milhões de dólares em prémios, a serem atribuídos após uma rigorosa análise levada a cabo por um comité científico, constituído por prestigiados cientistas e investigadores.
Segundo Francisco Maria Balsemão, Presidente da Fundação da Juventude, “nos últimos anos a Fundação da Juventude levou à Intel ISEF vários projectos, alguns dos quais arrecadaram importantes prémios. A presença de Portugal em prestigiadas competições, como seja a Intel ISEF, deve-se, sobretudo, a uma forte aposta da Fundação da Juventude que, através da estreita colaboração com outras entidades, tem vindo a promover o desenvolvimento e o potencial dos jovens cientistas portugueses”.
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