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“Lock her up!”: E se o feitiço se virar contra o feiticeiro?

Trump pediu a prisão de Clinton pelo tratamento de informações de uma forma “extremamente descuidada”, segundo o FBI, que investigou o caso mas não recomendou uma acusação formal. Agora, quem partilhou as informações secretas foi o presidente.
Andrew Harrer/Bloomberg
16 Maio 2017, 16h47

A candidata Hillary Clinton foi várias vezes atacada pelo republicano Donald Trump durante a campanha por alegadamente ter posto em causa a segurança do país, ao utilizar um servidor pessoal para trocar e-mails na qualidade de secretária de Estado. Agora é Trump o alvo das críticas depois de ter admitido, na manhã de hoje, que partilhou informações secretas sobre a Daesh com os russos.

Trump pediu a prisão de Clinton pelo tratamento de informações de uma forma “extremamente descuidada”, segundo o FBI, que investigou o caso mas não recomendou uma acusação formal.

“Lock her up!” foi um dos slogans de campanha do actual presidente norte-americano, uma critica ao modo como Clinton geriu o ataque na Líbia em 2012, onde morreu um embaixador norte-americano e três pessoas e à polémica questão dos e-mails.

A candidata não foi acusada porque no fim da investigação a agência concluiu que, nem Hillary, nem os funcionários do Departamento de Estado, puseram em risco a segurança nacional, estando muitos dos e-mails enviados do servidor pessoal já desclassificados como confidenciais no momento do envio/receção.

Donald Trump chegou mesmo a afirmar na sua rede social favorita – Twitter – que a democrata não tinha condições para ser líder dos EUA pois foi “extremamente descuidada na forma como trataram informação sensível”.

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