O Instituto de Telecomunicações vai estar envolvido na produção do sistema de energia que será utilizado para ‘alimentar’ as antenas do Square Kilometer Array, o maior telescópio do mundo.
O Square Kilometer Array (SKA) será a primeira mega infraestrutura científica energeticamente auto-suficiente e terá forte impacto social e económico.
A par da International Space Station (ISS), o SKA é uma das maiores obras de cooperação em engenharia. Os resultados da demonstração final em Portugal do sistema de energia híbrido com motor de Stirling para protótipos SKA foram recentemente apresentados, reunindo, além do IT, várias instituições europeias académicas e industriais, bem como personalidades importantes das energias renováveis.
Além de demonstrar a geração de energia elétrica limpa, usando, simultaneamente, a energia solar e a energia de biomassa na forma de biogás, o sistema B4SKA serve como um exemplo escalável do fornecimento de energia para o futuro desenvolvimento das aplicações de infra-estruturas científicas maiores, como é o caso do SKA. As características básicas que melhor caracterizam esta tecnologia stirling híbrida são a flexibilidade, a escalabilidade e a simplicidade para a sua instalação em qualquer tipo de terreno.
O SKA será construído em zonas de alta irradiação solar como África do Sul, com estações distantes no Botswana, Gana, Quénia, Madagáscar, Maurícias, Moçambique e Namíbia, e na Austrália e Nova Zelândia, esperando-se que tenha um grande impacto social e económico nos países onde será instalado.