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Marques Mendes critica Banco de Portugal/APB e defende quebra do segredo bancário

O antigo líder do PSD revelou, este domingo, no seu comentário da SIC, que “ao que parece”, os partidos estão preparados para uma alteração à Lei do Segredo Bancário já em setembro.
8 Julho 2018, 21h47

Marques Mendes criticou o Banco de Portugal e a Associação Portuguesa de Bancos por continuarem a defender ‘in extremis’ o segredo bancário. “O segredo bancário é um bem, mas não é um valor absoluto. Há situações em que tem de ser quebrado”, salientou.

O antigo líder do PSD comentava a auditoria à Caixa Geral de Depósitos, prometida há mais de um ano e que esta semana foi finalmente dada por concluída. A CGD enviou os resultados da investigação para o Ministério Público, o que quer dizer que há indícios da prática de crimes, mas não enviou para a Assembleia da República com a alegação de que se o fizesse estaria a violar o segredo bancário. De facto não o pode fazer, explicou Marques Mendes.

Depois de explicar que o Banco de Portugal e a Associação Portuguesa de Bancos defendem o segredo bancário com a alegação de que é o garante da confiança, Marques Mandes foi veemente na crítica: “Digo o contrário”, declarou, fundamentando: O que destrói a confiança é não se saber quais foram os critérios de atribuição desses empréstimos que não foram pagos; é não se saber quem foram os gestores e os diretores que os concederam; é ver-se quem beneficiou desses empréstimos andar impunemente na rua. Isso sim é que destrói a confiança. 

A CGD seria um desses casos. Ainda segundo Marques Mendes, estamos a falar de uma dúzia de empréstimos que não foram pagos e que justificaram a entrada de dinheiros públicos. É urgente passar a páginas. Mudar o paradigma. Acabar com o reino da impunidade. “Gostava que o Banco de Portugal estivesse na primeira linha para acabar com o reino da impunidade”, sublinhou.

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