Angela Merkel relançou a campanha eleitoral com um ataque à indústria automóvel do seu país por causa do Dieselgate, revelando que está do lado das preocupações do público acerca desta matéria. Mantendo o silêncio durante três semanas de férias de verão, Merkel revelou estar de volta à ação e pronta para responder aos críticos, que a acusam de fugir às questões mais difíceis, segundo avança o Financial Times.
No entanto, e tendo atenção os 800.000 postos de trabalhos devidos à indústria automóvel alemã, Merkel refreou as suas críticas com a promessa de apoiar os construtores germânicos à medida que lidam com esta questão e enfrentam os desafios tecnológicos, com os veículos elétricos a encimar esta lista.
“Grande parte da indústria automóvel esbanjou a extraordinária confiança dos consumidores”, disse Merkel, acrescentando: “Quando as pessoas escondem coisas ou exploram falhas no sistema de testes de emissões ao ponto de os tornarem irreconhecíveis, isso destrói a confiança.”
O Diesel foi também defendido pela chanceler, que afirmou que este combustível tem um papel fundamental na economia e precisa ser apoiado numa altura em que a indústria está a responder a uma mudança tecnológica, não apenas com os carros elétricos, mas também com a condução autónoma e com os sistemas de partilha de automóveis. E prometeu apoio do Governo: “Quando as empresas não consigam gerir estas situações sozinhas, o Governo tem de as apoiar.”
Relativamente à proposta feita na passada semana por Martin Shulz, Merkel rejeita a introdução de uma quota para veículos elétricos, questionando a eficácia da implementação de uma medida deste género na Europa.
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