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Miguel Frasquilho: “TAP vai ampliar e reforçar operação e rotas a partir do Porto no próximo ano”

Em entrevista ao Jornal Económico, o ‘chairman’ da linha aérea diz que as “difíceis decisões tomadas no início da privatização serão em breve ultrapassadas” com um reforço dos vôos para a Europa e para outros continentes a partir do Aeroporto Francisco Sá Carneiro. “A TAP nunca esteve de costas voltadas para o norte”, garante.
Cristina Bernardo
21 Novembro 2017, 10h00

Novas rotas, reforço de rotas já existentes e rotas que vão ser retomadas, já no próximo ano. É esta a promessa de Miguel Frasquilho, ‘chairman’ da TAP, para uma ampliação e um reforço da operação da linha aérea nacional no Porto, numa estratégia que visa inverter os cortes implementados após a privatização em 2015 e que resultaram em duras críticas, especialmente de Rui Moreira, autarca da cidade nortenha.

“Se analisarmos a história da TAP e a relação da TAP não só com o Porto e o Norte, mas também com outras regiões do país, poderia citar o Algarve, os Açores e a Madeira, são relações que conhecem altos e baixos, é normal, isso acontece”, frisa, em entrevista ao Jornal Económico.

“No início da privatização, devido a um conjunto de fatores, houve necessidade de tomar um conjunto de decisões que foram difíceis, não foram decisões fáceis, mas são decisões que estão numa fase que serão ultrapassadas a muito breve trecho”, adianta Frasquilho, que esta terça-feira vai discursar sobre o tema ‘Mercados Internacionais: Abordagem e Estratégia’, na conferência Business on the Way organizada pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) no Porto e na qual o Jornal Económico é media partner.

O presidente do conselho de administração da linha aérea realça que, tendo em conta o crescimento que a TAP está a registar, a operação no Porto, que serve o norte do país, vai conhecer uma ampliação e vai ser fortalecida a partir do próximo ano e dos anos seguintes. “Vai haver novas rotas, vai haver um reforço de rotas já existentes e vai rotas que serão retomadas”.

Frasquilho explica que não pode ainda divulgar  detalhes sobre as rotas, porque por questões de concorrência isso só poderá acontecer quando todos os aspetos operacionais e de timing estiverem garantidos. “O que posso dizer é que a partir do próximo ano e durante os anos seguintes, quer em vôos continentais, portanto para a Europa, quer em vôos intercontinentais, a operação a partir do Porto será reforçada”, frisa, adiantando que esse reforço não irá colocar em causa a ponte aérea entre o Porto e Lisboa, uma operação que diz “tem sido um sucesso enorme”.

Rotas para todos os gostos

“Ligando com aquilo que foi a minha experiência como presidente da AICEP entre 2014 e 2017, eu conheço muito bem o tecido empresarial português e conheço, por maioria de razão, o tecido empresarial do norte do país, é lá que está sediado o maior número de PMEs que nós temos e é um tecido empresarial muito dinâmico, muito produtivo, um tecido empresarial por excelência”, refere Frasquilho.

“Penso que vai haver, no fundo, rotas para todos os gostos. Rotas que vão dinamizar o turismo, que vão dinamizar o tecido empresarial da região, que são do gosto de muitos empresários, e que portanto refletem uma aposta da TAP numa aproximação aos agentes económicos do norte do país”, explica.

Questionado sobre se o reforço irá significar um aumento de recursos humanos, o chairman diz que significa um aumento na TAP em geral, nomeadamente nos recursos para o transporte aéreo. “Estamos a falar de assistentes de bordo, comissários, pilotos e co-pilotos. Diria que ao longo dos próximos meses teremos um total de cerca de 700 novas admissões na TAP, para esta categorias específicas”.

Frasquilho refere que ainda é cedo para fazer um balanço da Taste Porto, uma iniciativa de charme e na qual a linha aérea fez parcerias com importantes instituições culturais e gastronómicas da cidade, como por exemplo a Casa da Música e Fundação de Serralves. “O nosso objectivo ao anunciar essa iniciativa é obviamente um reforço da nossa aposta no Porto”, explica.

“Na verdade, a TAP nunca esteve distante, nem nunca esteve de costas voltadas para o norte, da mesma forma que o norte nunca esteve de costas voltadas para a TAP. O que existe agora são as condições para que haja um reforço efectivo da nossa operação no Porto”, conclui Frasquilho.

Leia a entrevista completa na Edição Semanal do Jornal Económico esta sexta-feira nas bancas de todo o país

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