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BCP: Miguel Maya eleito CEO e Nuno Amado ‘chairman’

Foi aprovada pelos acionistas a proposta de eleição do Conselho de Administração para o mandato com início em 2018 e com a duração até 2021, incluindo a Comissão de Auditoria (presidida por Norberto Rosa). A proposta passou com 95,21%.
Cristina Bernardo
30 Maio 2018, 18h53

Foi aprovada pelos acionistas a proposta de eleição do Conselho de Administração para o mandato com início em 2018 e com a duração até 2021, incluindo a Comissão de Auditoria (presidida por Norberto Rosa). A proposta passou com 95,21% de 63% do capital presente.

A eleição do Conselho de Remunerações composto por Jorge Magalhães Correia, Ana Paula Gray, Norberto Rosa, passou com 96,92%.

Os pontos mais importantes foram os mais discutidos ma reunião. O ponto da mudança de estatutos foi votado separadamente em duas alíneas. O ponto 7-A (deliberar sobre a alteração do contrato da sociedade), muda os estatutos do banco e altera o artigo 28° que determina que o Conselho de Administração é composto por um mínimo de 17 e um máximo de 25 membros. Outra mudança estatutária é a passagem do mandato dos órgãos sociais de três para quatro anos. Pelo que os novos administradores mantêm-se até 2021.

Esta alínea A) do ponto 7 foi aprovado por 85,93% dos votos presentes.

A alínea B) que altera a forma como o presidente executivo é eleito também passou com 99,89% dos votos. O CEO e os membros da comissão de auditoria passam a ser designados e eleitos em Assembleia Geral, tal como acontece com o Presidente do Conselho de Administração.

Isto representa um regresso à situação que existiu quando vigorou o modelo dualista específico do BCP que definia Paulo Teixeira Pinto como presidente e Jorge Jardim Gonçalves como presidente do Conselho Geral de Supervisão. Esta regra esteve na origem da guerra de poder entre Paulo Teixeira Pinto e Jardim Gonçalves.

A eleição do presidente executivo diretamente em Assembleia Geral retira ao presidente do Conselho de Administração o poder de destituir o CEO, o que enfraquece o poder fiscalizador da administração não executiva. Mas que Nuno Amado desvalorizou à saída da AG, dizendo que este modelo com estes protagonistas “vai funcionar”.

O Conselho de Administração retirou da votação a alteração estatutária que previa uma mudança do objecto social da sociedade, para permitir que ficasse nos estatutos do BCP a função de venda de imóveis. Essa proposta foi retirada e não foi sequer votada.

A administração que hoje foi eleita ainda não tem a autorização do Banco Central Europeu (BCE), mas o banco acredita que essa autorização chegará no prazo de duas semanas. A eleição de hoje fica suspensa até à chegada da autorização do BCE aos administradores do BCP.

O ponto número 10 da ordem de trabalhos – sobre a autorização do banco para continuar a comprar e alienar ações e obrigações próprias – foi aprovada com 99,20% dos votos.

[Atualizada às 18h59]

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