O ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou compreender o bombardeamento realizado por países “aliados de Portugal” esta madrugada à Síria. Numa nota em que não diz apoiar os EUA, Reino Unido e França, o ministério liderado por Augusto Santos Silva refere que compreende a situação e apela à necessidade de evitar uma escalada no conflito sírio.
“O ataque desta madrugada a capacidades de armamento químico da Síria foi conduzido por três países amigos e aliados de Portugal, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido. Foi uma operação militar circunscrita, cujo objetivo foi infligir danos à estrutura de produção e distribuição de armas que são estritamente proibidas pelo direito internacional”, afirmou o ministério, em comunicado.
“Portugal compreende as razões e a oportunidade desta intervenção militar. O regime sírio deve assumir plenamente as suas responsabilidades. É inaceitável o recurso a meios e formas de guerra que a humanidade não pode tolerar”, referiu.
A operação militar conjunta na Síria estarão associados a instalações de armas químicas utilizadas pelo regime de Bashar al-Assad, trantando-se de uma retaliação contra o alegado “ataque químico” da semana passada em Damasco, atribuído ao regime de Assad, que causou 40 vítimas mortais. Terão sido lançados cerca de 120 mísseis na capital síria.
Donald Trump, que anunciou o ataque a partir de Washington, também já tinha dito que o objetivo era impedir a produção, disseminação e utilização de armas químicas. Também Theresa May defendeu que o bombardeamento foi legal e justificado.
Do lado europeu, as reações foram de apoio, mas apelo à calma. Enquanto o Conselho Europeu garantiu estar ao lado dos aliados, o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, sublinhou a importância de controlar a escalada no conflito. A posição foi também partilhada por Portugal.
“Portugal reafirma a necessidade de evitar qualquer escalada no conflito sírio, que gere ainda mais insegurança, instabilidade e sofrimento na região”, acrescentou o ministério dos Negócios Estrangeiros.
“Como o secretário-geral das Nações Unidas e a União Europeia têm repetidamente insistido, todas as partes devem mostrar abertura para investigações independentes que possam apurar e punir responsabilidades por crimes de guerra; e devem mostrar contenção no uso da força e empenhamento na procura de uma solução política, negociada e pacífica, para o conflito na Síria, que representa hoje uma muito séria ameaça à paz e segurança no mundo”.
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